Nome de Tarcísio Gomes de Freitas, ex-diretor do DNIT no governo Dilma Rousseff, foi indicado pelo presidente eleito por meio de sua conta no Twitter
O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou na tarde desta terça-feira, 27, que o engenheiro Tarcísio Gomes de Freitas será o ministro da Infraestrutura em seu governo, que começa em 1º de janeiro. A pasta a ser ocupada por ele ainda não existe e, ao ser criada por Bolsonaro, deve absorver as funções do atual Ministério dos Transportes, com atribuições sobre aviação, portos e transporte terrestre.
A indicação de Freitas foi feita pelo presidente eleito por meio de sua conta no Twitter, onde o pesselista tem divulgado informações sobre a montagem do primeiro escalão de sua gestão no Palácio do Planalto.
Boa tarde! Comunico em primeira mão a indicação do Sr. Tarcísio Gomes de Freitas, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, Consultor Legislativo da Câmara Federal e ex-diretor do DNIT, ao Ministério da Infraestrutura.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 27 de novembro de 2018
Em entrevista a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, depois do anúncio feito por Bolsonaro, Tarcísio Gomes de Freitas declarou que a ideia de criar um superministério de Infraestrutura foi revista e que a pasta terá foco no transporte.
“À medida que os estudos vão avançando, vai se percebendo qual é o desenho ótimo. Existem questões que são muito complexas, há uma diversidade de competências muito grande, matérias que são de competência local outras são de competência federal, então o arranjo definitivo é o arranjo ótimo”, disse.
À frente do Ministério da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas terá envolvimento direto em leilões de concessões de 12 aeroportos, cujos editais foram aprovados nesta segunda pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e de um trecho da Ferrovia Norte Sul de 1.537 quilômetros de extensão, ligando o município de Porto Nacional (TO) ao de Estrela D’Oeste (SP).
“Vamos intensificar as parcerias em rodovias, ferrovias e aeroportos tal qual está sendo feito hoje. A ideia é trazer o setor privado para a infraestrutura”, afirmou o futuro ministro.
Ele ainda disse que o governo Bolsonaro terá um Ministério do Desenvolvimento Regional, que vai incorporar as funções dos atuais Cidades e Integração Nacional, e que o Ministério de Minas e Energia permanecerá com as mesmas atribuições.
Perfil
Atual secretário de Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo Michel Temer, Tarcísio Gomes de Freitas é consultor legislativo da Câmara dos Deputados.
Formado em Ciências Militares pela Academia das Agulhas Negras, em Resende (RJ), e em engenharia no Instituto Militar de Engenharia (IME), Freitas é pós-graduado em gerenciamento de projetos e engenharia de transportes. Ele já foi capitão e engenheiro do Exército, chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na missão de paz das Nações Unidas no Haiti e coordenador-geral de Auditoria da Área de Transportes da Controladoria-Geral da União (CGU).
Entre 2011 e 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o futuro ministro foi diretor executivo e diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Ele assumiu o posto principal na autarquia em setembro de 2014, quando o então diretor-geral, general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, foi exonerado por Dilma.
Durante a campanha eleitoral, o nome mais cotado para a pasta da Infraestrutura era o do general Oswaldo Ferreira, que auxiliou o presidente eleito em propostas para o setor. Após a vitória de Jair Bolsonaro, contudo, Ferreira optou por não ocupar o cargo. Apesar da recusa, o general coordena o grupo de Infraestrutura no governo de transição e estava ao lado de Bolsonaro e Tarcísio Freitas no pronunciamento em que o pesselista comunicou a indicação.Fonte-Portal Veja