O governador eleito disse que o órgão abrigará as áreas de Cidadania, Direitos Humanos, Idoso e Criança
Seguindo os passos do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) – que criou um superministério da Justiça –, o futuro chefe do Palácio do Buriti, Ibaneis Rocha (MDB), repetirá o modelo no Distrito Federal. A pasta, que será chefiada por Gustavo Rocha, ministro dos Direitos Humanos e subchefe da Casa Civil da Presidência da República, abrigará Justiça, Cidadania, Direitos Humanos, Idoso e Criança.
O governador eleito decidiu fazer a fusão por acreditar que existia um “sombreamento” em relação à área de Cidadania. “É melhor acabar e juntar tudo”, disse Ibaneis, na quarta-feira (27/12), ao Metrópoles. A futura estrutura se parece com a atual Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh), criada por Rodrigo Rollemberg (PSB).
Inicialmente, Cidadania seria uma secretaria independente, comandada pelo advogado Everardo Gueiros, mas a ideia foi descartada dias depois. O ex-desembargador do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) ficará à frente da pasta de Projetos Especiais.
No novo cargo, Gueiros será responsável por todas as parcerias público-privadas (PPPs) e pelos projetos estratégicos do GDF. O órgão também ficará responsável pelo Na Hora. Ele pretende modernizar todo o sistema da área.
Ibaneis também havia afirmado que, por precisar “de uma atenção especial, assim como a pasta da mulher”, a Secretaria do Idoso seria à parte. “Quando eu era presidente da Ordem [dos Advogados do Brasil] (OAB-DF), o número de atendimentos de casos de idosos era muito grande”, assinalou.
A pasta foi criada no governo de Agnelo Queiroz (PT). No primeiro mês de mandato, Rollemberg extinguiu o órgão e o transformou em uma Secretaria Adjunta da Sedestmidh.
Logo após ser eleito, o emedebista afirmou que “preferia 50 secretarias com quadros reduzidos a ter 15 com muita gente e sem ninguém saber quem é que manda”.
Na ocasião, Ibaneis salientou que queria “pessoas para as quais eu possa ligar e que apresentem resultados. Vou reduzir o quadro, principalmente de comissionados. Quero fazer uma gestão na qual eu saiba quem estou cobrando, e quero resultados. Delegar e cobrar é o que mais aprendi na minha vida”.
Atualmente, com as definições do governo de transição, Ibaneis está com 26 secretarias – quatro a mais do que a gestão Rollemberg.
Fonte:Portal Metrópoles