Presidente estará neste sábado pela manhã no local da tragédia
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta, 25, que “algo está sendo feito errado”, a respeito das barragens de rejeitos de mineração. Ele citou que apenas em Minas Gerais há 450 barragens como a que se rompeu e que é necessário tomar medidas emergenciais no esforço de “minimizar mais essa tragédia”. Segundo o presidente, cabe ao governo federal a fiscalização para buscar “meios para se antecipar ao problema”.
“Vamos tentar diminuir o tamanho do mal que essa barragem, ao se romper, proporciona ao meio ambiente e junto à população. Não quero culpar os outros pelo que está acontecendo, mas algo está sendo feito errado ao longo dos tempos”, disse o presidente em entrevista à Rádio Regional FM.net, de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Em rápido pronunciamento, no Palácio do Planalto, o presidente falou das medidas emergenciais para tentar buscar soluções para “minorar” a tragédia. Ele confirmou que neste sábado, 26, cedo estará no local e vai sobrevoar a região. Também falou que um gabinete de crise monitora a situação.
Gabinete de crise
O presidente citou a tragédia em Mariana, também em Minas, em 2015, quando 200 pessoas ficaram desalojadas e 19 morreram. Na ocasião, a exemplo do que ocorreu nesta sexta, uma barragem também se rompeu, liberando milhares de toneladas de rejeitos na natureza.
“Acionamos um gabinete de crise aqui em Brasília e ficaremos antenados 24 horas por dia para prestar informações à população, para colhê-las também, de modo que possamos minimizar mais essa tragédia depois da de Mariana. A gente esperava que não tivesse uma outra, até por uma questão daquela servir de alerta, mas infelizmente temos esse problema agora.”
Exército
O presidente afirmou que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, determinou o envio de militares da 4ª Brigada de Infantaria a Brumadinho para “salvar vidas” de vítimas.
Bolsonaro disse também que o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, entrou em contato e se mostrou bastante abalado com a tragédia. O presidente disse que Schvartsman relatou que haviam sido tomadas todas as medidas para que a tragédia não acontecesse. Fonte: Veja
(Com Estadão Conteúdo)