Novos dados da Secretaria de Estado da Saúde confirmaram 12.834 casos autóctones; no dia 31 de janeiro, o número era de 4.595O mosquito “Aedes aegypti”, principal portador do vírus da zika e dengue (John Eisele/Colorado State University Photography/Divulgação)
Em apenas duas semanas, o número de casos confirmados de dengue quase triplicou no Estado de São Paulo, em comparação com todo o mês de janeiro, apontou um novo boletim da Secretaria de Estado da Saúde. Segundo os novos dados, divulgados na última sexta-feira, 15, foram confirmados 12.834 casos autóctones (em que os pacientes se contaminaram no próprio Estado) da doença. Ainda há 12 mortes em investigação no Estado, suspeitas de terem sido causadas pelo vírus da dengue.
No dia 31 de janeiro, o número de casos confirmados era de 4.595, quantidade cinco vezes maior do que o mesmo período de 2018. A explicação para esse aumento expressivo decorre da expansão da doença nas regiões norte e noroeste do Estado, que já vivem situação de epidemia de dengue. Além disso, muitos casos notificados em janeiro só foram confirmados este mês.
Entre os municípios paulistas com maior incidência de casos estão Bauru, Andradina, Franca e São José do Rio Preto. De acordo com o boletim, Bauru lidera o ranking da dengue em São Paulo com 875 novos casos confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde.
A cidade está em situação de emergência devido à epidemia e totaliza 2.423 casos. Em seguida, está Andradina, com 2.083 casos. Franca aparece em terceiro lugar, com 2.016 casos e São José do Rio Preto, com 1.252, está na quarta posição.
Nos municípios de menor porte, a maior concentração de dengue está em São Joaquim da Barra, com 460 casos confirmados, seguida por Ipuã, com 396. As cidades de Palestina (331 casos), Pereira Barreto (238) e Castilho (219) também estão com níveis elevados de incidência.
Nas regiões norte e noroeste, há grande circulação do vírus do sorotipo 2, que produz sintomas mais graves, quando são infectadas pessoas que já tiveram dengue de outro tipo.
Dengue
Segundo o Ministério da Saúde, o período do ano com maior transmissão da dengue são os meses mais chuvosos de cada região. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que aproveita a água parada para colocar seus ovos e se proliferar.
A recomendação é eliminar qualquer possível criadouro, como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo recipientes pequenos como tampas de garrafas. A pasta ainda orienta utilizar roupas que evitem a exposição da pele, principalmente durante surtos. Ainda é possível usar repelentes, inseticidas e mosquiteiros para escapar da picada.
Na maioria dos casos, a infecção não apresenta sintomas. Quando eles surgem, os mais comuns são febre alta (acima de 38,5°C), dores musculares intensas, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo e dor ao movimentar os olhos. Em casos graves, que incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas, há risco de morte.
O tratamento consiste em repouso e muita ingestão de líquidos (preferencialmente água). A utilização de medicamentos só deve ser feita sob prescrição médica.Se houver suspeita de dengue, procure imediatamente um hospital.
Fonte Exame