A Câmara Municipal do Rio de Janeiro vive uma situação curiosa pelos parentes poderosos de dois vereadores. No salão do Palácio Pedro Ernesto, batem cartão nada menos que o filho do presidente da República e o pai do presidente da Câmara dos Deputados.
Na sessão desta terça-feira, 2, que abriu o processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB) os dois foram com a maioria. Tanto Carlos Bolsonaro (PSC) quanto César Maia (DEM), este ex-prefeito da cidade, votaram para que a Câmara abrisse o processo contra Crivella. Ao todo, foram 35 votos a favor, 14 contra e uma abstenção.
Agora, uma comissão de três vereadores definida por sorteio – para a sorte do prefeito, seu ex-chefe da Casa Civil Paulo Messina (Pros) foi um dos escolhidos – terá até 90 dias para elaborar um parecer, antes que a acusação seja julgada em definitivo.
Fiscal da Secretaria da Fazenda, Fernando Lyra Reys acusa Marcelo Crivella de ter praticado crime de responsabilidade em dezembro de 2018, quando sua gestão renovou um contrato com duas empresas que fornecem mobiliário para a administração carioca.