A Secretaria de Saúde do Distrito Federal identificou duas mulheres, de 30 e 43 anos, que estavam vendendo ilegalmente leite infantil para crianças alérgicas à proteína do leite de vaca. O caso é investigado pela 2º Delegacia de Polícia.
De acordo com a secretaria, pelo menos quatro suspeitos recebiam gratuitamente as latas de leite doadas por um programa do governo e depois vendiam o produto pela internet.
Oito latas de Pregomin – indicado para crianças alérgicas à proteína do leite da vaca – eram vendidos por R$ 450. Nas farmácias, o preço fica em torno de R$ 1.040.
“Os suspeitos foram chamados para prestar depoimento e estão descadastrados do programa que disponibiliza gratuitamente o leite especial no DF”, disse a secretaria.
A pasta explica que o leite faz parte do Programa de Terapia Nutricional Enteral Domiciliar e atende crianças de até dois anos. Ao todo, 462 crianças são cadastradas no Distrito Federal.
A polícia diz que não há como falar em penalidades, pois o caso ainda está sob investigação.
Latas tem carimbo de proibindo a venda — Foto: Secretaria de Saúde/Divulgação
Cadastro
Para receber o leite especial, a criança tem que ter até dois anos de idade e precisa ter cadastro no Sistema único de Saúde (SUS). Os pacientes devem passar por uma avaliação médica a cada seis meses.
Além disso, é necessária uma análise do nutricionista da rede a cada três meses. A Secretaria de Saúde do DF informou que gasta cerca de R$ 4 milhões por ano na compra do leite especial.
Mudança
A previsão da secretaria é que os critérios para obter o benefício fiquem mais rigorosos a partir de agora. Exames complementares, que são opcionais, passariam a ser obrigatórios.