O Ministério Público Federal em Brasília reforçou, nesta sexta-feira (12/4), denúncia apresentada no ano passado contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra os ex-ministros petistas Paulo Bernardo e Antônio Palocci. Os três são acusados por corrupção passiva.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que a contrutora Odebrecht colocou, em 2010, o total de R$ 64 milhões à disposição de Lula e do PT. As acusações foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por também incluírem a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que na época ocupava o cargo de senadora.
O relator do caso no Supremo, ministro Edson Fachin, decidiu desmembrar os autos e enviar parte da denúncia, que envolve, Lula, Palocci e Paulo Bernardo, que não tem foro, para a primeira instância. Com isso, os procuradores que recebem o caso precisam atestar as informações enviadas anteriormente, para que o processo siga em andamento.
Além dos nomes já citados, também são réus na ação, Marcelo Odebrecht, Luiz Antonio Mameri e Ernesto Sá Vieira Baiardi. A ação se refere as denúncias de que no governo Lula o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou R$ 1 bilhão para Angola. Em seguida, a Odebrecht foi contratada pelo país africano, e se beneficiou da operação. A Justiça Federal é quem decide se aceita ou não a denúncia.