O engajamento nas redes sociais tem sido usado para uma boa causa em Brasília: limpeza dos locais públicos. O desafio da #trashtag consiste em postar uma foto com essa hashtag mostrando o antes e o depois do local que passar pela faxina. Nesse sábado (13/4), o recolhimento do lixo será no Deck Sul, no Lago Paranoá.
Na última edição, realizada no mesmo local, no Dia Mundial da Água (22/3), com uma equipe de 30 voluntários, foram mais de 60 sacos de lixo retirados do deck.
Ação realizada em 22 de março retirou quase 2 toneladas de lixo do lago(foto: Pedro Coe/Arquivo Pessoal)
Dessa vez, a organização vai separar as equipes para conseguir abarcar a maior área possível do local. Parceiros para o fornecimento de alimentação aos voluntários, para realização da compostagem e da reciclagem do material recolhido vão participar do evento. Já há mais de 100 voluntários e as inscrições estão encerradas.
De acordo com um dos organizadores, Pedro Coe, a hashtag vem para promover uma mudança de comportamento e de lhar nas pessoas. “A primeira transformação que temos que mostrar é que não existe o lado de fora, as pessoas acreditam que jogar o lixo para fora da janela, é melhor.”
Ele afirma ainda que a consciência ambiental é necessária para a preservação do meio ambiente e dos locais públicos. “Os recursos do planeta estão acabando e o lixo vem de dentro da nossa casa. O deck é um lugar público mega legal, só que mal aproveitado.”
A meta nessa próxima ação é catar 200 sacos de lixo, o equivalente a 4 toneladas. O evento vai ocorrer das 9h às 16h. Para ser voluntário do projeto é preciso se inscrever pela plataforma Sympla e usar no dia calça jeans, bota e luvas de borracha, protetor solar e não levar objetos de valor, apenas lanche, como fruta e barra de cereal.
A estudante de publicidade Raíssa Monnerat, 21, moradora do Lago Norte, que participou da primeira ação e agora é uma das organizadoras, acredita que se cada um fizer a sua parte, a quantidade de lixo já diminui.
“Por mais que seja um recorte pequeno, estamos fazendo a diferença. Com poucas pessoas, conseguimos recolher no último evento, quase 2 toneladas, imagina com mais pessoas. Sem o Lago Paranoá, Brasília não existe. É uma responsabilidade e um cuidado, devemos devolver um pouco para o mundo que a gente faz tanto uso”, afirma.