O Metrô-DF apresentou uma ação na Justiça do Trabalho para resguardar o mínimo necessário de trabalhadores durante a greve dos metroviários, iniciada na quinta-feira (2). A empresa quer que o efetivo ultrapasse os 30% deliberados pelos servidores em assembleia.
Segundo a companhia, a medida foi adotada para “garantir a prestação de serviço de forma segura e com o menor impacto possível para os usuários do sistema”. A expectativa do Metrô-DF é de que o pedido seja analisado ainda nesta sexta-feira (3).
Fluxo de passageiros na estação “Galeria” do Metrô de Brasília em dia de greve dos metroviários — Foto: Maria Ferreira/G1 Fluxo de passageiros na estação “Galeria” do Metrô de Brasília em dia de greve dos metroviários — Foto: Maria Ferreira/G1
Fluxo de passageiros na estação “Galeria” do Metrô de Brasília em dia de greve dos metroviários — Foto: Maria Ferreira/G1
Na noite de quinta (1), os funcionários fizeram um novo encontro e decidiram pela manutenção da paralisação. O G1 tenta contato com o Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô).
De acordo com a entidade, a categoria reivindica o cumprimento de sentenças judiciais que ainda não foram cumpridos pela empresa. Entre elas, estão o reajuste dos salários dos servidores pelo INPC e a manutenção do acordo coletivo de trabalho que venceu em abril (veja detalhes abaixo).
Restrição dos horários
Metrô do Distrito Federal — Foto: Tony Winston/Agência Brasília Metrô do Distrito Federal — Foto: Tony Winston/Agência Brasília
Metrô do Distrito Federal — Foto: Tony Winston/Agência Brasília
Por causa da greve, o Metrô-DF decidiu que o serviço será oferecido apenas nos horários de pico – no começo e no fim do dia. Dessa forma, enquanto durar a greve, os trens funcionarão nos seguintes horários:
De segunda a sexta: das 5h30 às 10h30 e das 16h30 às 21h30
Sábado: das 5h30 às 10h30 e das 14h30 às 19h30
Faixas exclusivas
Em razão da paralisação, as faixas exclusivas de ônibus foram liberadas para os carros de passeio. A faixa da EPNB está liberada está liberada 24 horas por dia enquanto durar a paralisação. Na W3 Sul e Norte e no Setor Policial Sul as faixas também estão liberadas.
Mudança no traçado da EPTG inverte circuito de linhas de ônibus e libera faixa exclusiva para carros de passeio — Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Mudança no traçado da EPTG inverte circuito de linhas de ônibus e libera faixa exclusiva para carros de passeio — Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Mudança no traçado da EPTG inverte circuito de linhas de ônibus e libera faixa exclusiva para carros de passeio — Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Na EPTG, a operação dos ônibus na faixa reversa e a liberação da 4° faixa para os veículos leves no sentido da via irá funcionar normalmente nos horários de pico: das 6h às 9h e das 17h30 às 19h45. Nos demais horários, ela permanece exclusiva para ônibus.
Reivindicações
A assembleia que deu início à greve dos metroviários no Distrito Federal foi realizada na quarta-feira (1º) na Praça do Relógio, em Taguatinga. A decisão pela paralisação obteve 186 votos favoráveis e 73 contrários.
A principal reivindicação é a manutenção do acordo coletivo de trabalho que venceu em abril e é assinado de dois em dois anos.
O sindicato pede ainda o cumprimento de sentenças judiciais, como o reajuste dos salários dos servidores pelo INPC. Além disso, a entidade quer um acordo para que a jornada de trabalho dos pilotos mude oficialmente de 8 horas para 6 horas diárias.