Escolhido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) para assumir a Casa Civil do Distrito Federal a partir de 1° de janeiro de 2019, Eumar Novacki pediu para deixar o cargo na manhã desta segunda-feira (13/05/2019). O emedebista tentou reverter a decisão, sem sucesso. Ex-secretário do Governo José Roberto Arruda, José Humberto Pires é cotado para ocupar a vaga.
O motivo da saída seria o descontentamento de Novacki com enfraquecimento da Casa Civil. A gota d’água teria sido a decisão de Ibaneis de retirar da pasta a responsabilidade da publicação do Diário Oficial do DF, que traz as principais medidas do Executivo local. Além disso, o secretário tem enfrentado divergências internas com integrantes do primeiro escalão do GDF.
O clima de insatisfação ficou mais quente ainda após Eumar Novacki receber convites para cargos no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Antes de assumir a Casa Civil, ele atuou como secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no governo de Michel Temer (MDB).
Novacki ficou na chefia da secretaria-executiva da pasta nacional desde 24 de maio de 2016. Bacharel em direito com pós-graduação e Aperfeiçoamento em Direito Público, ele é coronel da Polícia Militar do estado de Mato Grosso.
Acumulou experiência na área para a qual foi convidado quando atuou como secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso. Ele também foi responsável pela coordenação técnica e política na gestão de Blairo Maggi e exerceu as funções de secretário de Estado de Comunicação e chefe de gabinete do governador.
O Palácio do Buriti confirmou a entrega do pedido de exoneração, mas negou que o motivo tenha sido um conflito interno. Segundo o secretário de Comunicação, Weligton Moraes, o gestor teria alegado motivos pessoais.
“Realmente ele entregou o pedido. Mas foi por motivo pessoal. O Novacki é um excelente secretário”, disse Moraes. O GDF mobilizou uma força-tarefa para tentar manter o chefe da Casa Civil, com a participação inclusive do vice-governador Paco Britto (Avante).