Após o reservatório de Santa Maria atingir a capacidade máxima e transbordar, o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Carlos Augusto Lima Bezerra, afirmou que a possibilidade de nova crise hídrica para este ano e o próximo é muito baixa.
“Atualmente, a função da barragem é de reserva técnica, e a captação é feita principalmente nos períodos de estiagem para aliviar as outras fontes. Esperamos que o volume permaneça assim pelo menos por um mês. Quando o período de secas se iniciar, poderemos afastar o fantasma da crise hídrica do DF”, declarou Lima Bezerra.
A barragem começou a verter na sexta-feira (17/05/2019), pela primeira vez desde junho de 2015. O sistema que engloba o reservatório é formado por quatro fontes: Santa Maria, Bananal, Torto e Lago Norte; sendo responsável por abastecer 29% do DF.
Por se encontrar dentro dos limites do Parque Nacional, a água de Santa Maria é considerada uma das mais “puras”. Faz parte das bacias do Paraná, Paranaíba e Corumbá.
“Esta barragem leva muito mais tempo para encher, mas também muito mais tempo para esvaziar”, explicou Diogo Gebrim, superintendente de produção de água da Caesb. A bacia de drenagem de Santa Maria corresponde a um terço da do Descoberto, que transbordou já em dezembro.
A previsão é que sejam inaugurados dois novos sistemas de abastecimento, além dos dois já existentes. O primeiro, de Corumbá, deve começar a funcionar em dezembro de 2019. O investimento será de RS 250 milhões O outro, o sistema de captação do Paranoá, ainda se encontra em etapa de estudos.
“Com os sistemas do Corumbá e do Paranoá o Distrito Federal terá uma tranquilidade de abastecimento, mesmo em condições adversas de clima e chuva. O sistema de Santa Maria, por se situar em região mais sensível, poderá ser usado apenas em emergências”, disse o presidente da Caesb. Funcionários da companhia ressaltam, no entanto, que manter a consciência em relação ao uso moderado da água é fundamental.