A ex-deputado distrital Eurides Brito foi condenada em segunda instância por envolvimento no caso de corrupção conhecido como mensalão do DEM e está impedida de disputar cargos públicos por ter sido enquadrada na lei da Ficha Limpa.
A lei prevê que políticos condenados por colegiado de juízes não podem disputar eleições. Em julho último, a 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF manteve parcialmente a condenação da ex-deputada por improbidade administrativa.
O advogado de Eurides Brito, Eduardo Alckmin, informou que a defesa entrou com embargo de declaração contra a sentença, que será analisado pelo TJ, segundo ele. Os embargos de declaração servem para contestar omissões, contradições ou obscuridades no acórdão.
Apesar de ter sido gravada recebendo dinheiro, a ex-deputada sempre alegou ser inocente. Em maio de 2010, a ex-distrital disse que não havia provas contra ela. “Eu quero ganhar e vou ganhar por falta de provas”, disse Eurides.
Na defesa apresentada à Comissão de Ética na época, a ex-parlamentar alegou que os maços de dinheiro mostrados no vídeo eram do ex-governador do DF Joaquim Roriz, para pagar encontros em que Eurides pediu votos para ambos, em 2006. Roriz negou a versão da ex-deputada.
A operação Caixa de Pandora, que revelou o mensalão do DEM, foi deflagrada em novembro de 2009 pela Polícia Federal e investigou o suposto esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal que envolveu servidores públicos, empresários e diversos políticos. A denúncia foi feita pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.