Estocolmo — A jovem ativista do clima Greta Thunberg e o líder yanomami Davi Kopenawa estão entre os quatro ganhadores, anunciados nesta quarta-feira, do prêmio Right Livelihood 2019, uma premiação sueca alternativa ao Nobel.
Thunberg conquistou o prêmio “por inspirar e ampliar as demandas políticas por urgente ação climática que reflete fatos científicos”, informou a Fundação Right Livelihood em um comunicado
Na segunda-feira, a jovem sueca, de 16 anos, acusou líderes mundiais por não terem enfrentado as mudanças climáticas, em um discurso no início de uma cúpula de clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.
Thunberg iniciou solitários protestos semanais do lado de fora do Parlamento da Suécia há um ano. Inspirados por ela, milhões de jovens foram às ruas ao redor do mundo na sexta-feira passada para pedir que os governos presentes na cúpula tenham atitudes emergenciais.
Já a conquista de Kopenawa se deve à sua “corajosa determinação em proteger as florestas e a biodiversidade da Amazônia, e as terras e a cultura de seus povos indígenas”, segundo a fundação.
Fundador e presidente da Hutukara Associação Yanomami, em Roraima, o líder indígena denuncia o garimpo ilegal nas terras de sua tribo.
Thunberg e Kopenawa compartilham o êxito com a advogada chinesa dos direitos das mulheres Guo Jianmei e a defensora dos direitos humanos no Saara Ocidental Aminatou Haidar.
“Com o Prêmio Right Livelihood 2019, homenageamos quatro visionários práticos, cujas lideranças conduziram milhões de pessoas a defender seus direitos inalienáveis e lutar por um futuro digno para todos no planeta Terra”, disse a fundação em um comunicado.
Cada vencedor vai receber um prêmio em dinheiro no valor de 103 mil dólares.