Washington — Empossada nesta quarta-feira como diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a búlgara Kristalina Georgieva recebeu em seu primeiro dia no novo trabalho o ministro da Fazenda da Argentina, Hernán Lacunza.
“Espero trabalhar com as autoridades argentinas quando assumir minhas funções no dia 1º de outubro. A Argentina é um membro importante do FMI e queremos que eles tenham êxito”, escreveu Georgieva em mensagem postada no Twitter, acompanhada de uma foto com Lacunza.
Antes da postagem, o porta-voz do diretor-gerente interino do FMI, David Lipton, afirmou em comunicado que a complexa situação da Argentina e a incerteza política no país dificultam a busca de um caminho rápido para fazer a economia do país avançar.
Apesar dos obstáculos, Lipton afirmou que o FMI segue “totalmente comprometido” a ajudar a Argentina e que está “trabalhando intensamente” com as autoridades do país.
“Nos comprometemos a ajudar as autoridades da Argentina nos esforços para estabilizar a economia e responder às difíceis circunstâncias que o país enfrenta”, disse o diretor-interino.
No meio da crise que explodiu na Argentina em abril de 2018, o governo de Mauricio Macri assinou um acordo para pegar um empréstimo de US$ 56,3 bilhões com o FMI, o maior já feito na história da instituição financeira.
O FMI já destinou US$ 44 bilhões ao país. A próxima parcela, de US$ 5,4 bilhões, aprovada em julho, deveria ser desembolsada em meados deste mês.
No entanto, o FMI demorou a enviar técnicos à Argentina para auditar as contas do governo local e decidir se confirma ou não o novo repasse após a derrota de Macri nas eleições primárias de agosto.