São Paulo – Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook, disse várias vezes ao longo dos últimos dias que imagina que as tecnologias de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) podem ser o futuro das plataformas de computação. Como ele também é dono de uma rede social, é difícil imaginar que esse futuro não contenha um espaço para as pessoas conversarem com hologramas de seus amigos. Assim, o Facebook já começa a testar o novo formato, ao anunciar o Facebook Horizon – espaço virtual para os usuários dos óculos de VR de hoje em dia.
Previsto para chegar ao mercado, ainda em modo de testes, no início de 2020, o Facebook Horizon permitirá a seus jogadores interagir, bater papo, jogar e criar até seus próprios “mundos”.
Alguns desses mundos poderão ser criados pelos usuários: além de ter espaços que o próprio time do Facebook criou, haverá uma ferramenta para construir universos com regras particulares. Nada muito diferente do que já foi feito por games como Minecraft, que revolucionou o mercado ao permitir que cada jogador construa prédios, espaços e até mesmo mundos com leis específicas.
A ideia é que o usuário se sinta mesmo em um ambiente “confortável” para se expressar – ou, como disse Mark Zuckerberg durante a coletiva de abertura da Oculus Connect, evento de realidade virtual realizado na última semana em San Jose, nos Estados Unidos, a experiência terá “avatares diversos e ferramentas sociais do Facebook, em um local seguro e convidativo para todo mundo”.
Gratuito
Segundo a empresa, o Facebook Horizon será totalmente gratuito – a ideia é dividir mesmo um espaço de criação, sem pensar em monetização, explica Eric Romo, diretor de produto de experiências VR no Facebook. “Acreditamos que nem tudo precisa ficar dentro do Horizon: desenvolvedores que quiserem criar seus próprios jogos podem continuar a vendê-los na loja de apps da Oculus”, afirma o executivo.
Também será possível ter experiências íntimas: os usuários poderão criar mundos apenas para amigos, “só com convite”. “Mas vamos encorajar que as pessoas não façam apenas ambientes para interagir e sim experiências que possam ser jogadas muitas vezes.”
Romo acredita que a “socialização” fará a diferença. “Hoje, quando você fala com um amigo à distância, pode só digitar ou mandar fotos, mas não há uma atividade que te una a ele como na vida real – como caminhar, jantar ou ver um jogo de basquete juntos. O Facebook Horizon quer permitir isso para as pessoas a quilômetros de distância”, afirma o executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.