No nono dia de julgamento, Adriana Villela é interrogada a respeito de possível envolvimento no Crime da 113 Sul
. Logo no início do dia, os advogados de defesa declararam que a acusada não responderá aos questionamentos do Ministério Público e assistência de acusação, apenas às perguntas do juiz, jurados e da própria defesa.
Representante do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o promotor Marcelo Leite Borges lamentou a decisão. “Ela tem várias questões para serem respondidas e que não serão. Ela veio até agora com discurso nitidamente ensaiado e que não vai contribuir em nada para o esclarecimento da verdade”, ressaltou.
A acusação espera, então, que o juiz titular Paulo Rogério Santos Giordano e os jurados façam as perguntas necessárias. “Os jurados já fizeram algumas perguntas muito inteligentes e hoje deverão fazer também.”
Diante da estratégia dos advogados, o julgamento, esperado para ser encerrado apenas durante a madrugada, pode terminar antes. Após o interrogatório da acusada, terá início o debate entre defesa e acusação para, só então, os jurados decidirem pelo veredito.
Lembre o caso
Em 28 de agosto de 2009, o ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, a advogada Maria Villela, e a empregada da família Francisca Nascimento Silva, foram brutalmente assassinados no apartamento do casal.
Três homens foram julgados e condenados como autores das 73 facadas dadas nas vítimas. A filha dos idosos, Adriana Villela, é acusada de ter encomendado o triplo homicídio. Ela teria pago US$ 27 mil, além de joias, para os assassinos. O julgamento dela teve início em 23 de setembro e já é o mais longo da história do DF, com 87 horas de duração.