São Paulo — Doze democratas se reúnem novamente nesta terça-feira 15 para o quarto debate entre os pré-candidatos à presidência dos Estados Unidos. O encontro no estado de Ohio que colocará frente a frente os três primeiros colocados nas pesquisas eleitorais ─ Joe Biden, Elizabeth Warren e Bernie Sanders ─ também deve trazer à tona a discussão sobre a idade e a saúde do escolhido para enfrentar Donald Trump.
No início deste mês, o Senador de Vermont Bernie Sanders foi hospitalizado com as artérias do coração entupidas, levantando questionamentos sobre sua capacidade física de se manter na corrida eleitoral. O pré-candidato de 78 anos é o mais velho na disputa pela presidência, mas os outros dois concorrentes que lideram as pesquisas não estão muito longe. O ex-vice presidente de Barack Obama, Joe Biden, tem 76 anos, e a Senadora Elizabeth Warren, de 70 anos.
Nos Estados Unidos, é comum que candidatos à presidência apresentem laudos médicos aos eleitores para provar aptidão para governar. No entanto, a prática não é obrigatória. Quando eleito em 2016, o republicano Donald Trump, hoje com 73 anos e com um notório predileção por junk food, não publicou seus exames.
Mesmo após Sanders ter colocado dois stents, sua equipe afirmou que o pré-candidato está recuperado e irá participar do debate desta terça-feira. Essa é a segunda vez consecutiva que o senador considerado progressista tenta disputar a Casa Branca. Em 2016, Sanders também se candidatou, mas foi derrotado por Hillary Clinton
Esse também será o primeiro debate democrata após Elizabeth Warren tomar a liderança de Joe Biden — cuja saúde também virou tema de discussão quando um de seus olhos acumulou sangue durante uma apresentação.
Uma pesquisa da Quinnipiac University mostrou que a Warren saiu à frente do ex-vice presidente com 27% de favoritismo contra 25% de seu oponente. Outro assunto que certamente terá vez no encontro é o escândalo que motivou a abertura de um processo de impeachment contra Trump, acusado de ter pedido investigações contra Biden e seu filho para autoridades ucranianas.
Para além da saúde de Sanders e da confusão envolvendo Biden, o que realmente assombra os democratas é saber se os três anos que tiveram para a escolha de um candidato que faça frente a Trump terão sido suficientes. Renovação não é um trunfo do partido para 2020.