Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou para o posto de novo embaixador no Brasil o diplomata de carreira Todd Chapman, que até meses atrás comandava a embaixada americana no Equador e agora pode se tornar o novo elo da Casa Branca com o governo de Jair Bolsonaro.
Em comunicado, Trump anunciou a indicação de Chapman, que ainda precisa ser confirmado pelo Senado americano antes de poder se mudar para o Brasil.
Chapman já trabalhou em Brasília como ministro-conselheiro na embaixada americana entre 2011 e 2014. Além disso, antes de entrar em 1990 na carreira diplomática, tinha trabalhado como consultor no Brasil, segundo a Casa Branca.
De janeiro de 2016 até meados deste ano, o diplomata foi embaixador no Equador, onde testemunhou e foi responsável pela aproximação entre Quito e Washington desde que o atual presidente, Lenín Moreno, assumiu o cargo, há dois anos. No entanto, Chapman deixou o país antes dos protestos que começaram na semana passada.
Em entrevista à Agência Efe em junho deste ano, em Quito, Chapman opinou que o socialismo do século XXI perdeu “força” e “credibilidade”.
“Onde foi implementado, (o socialismo) criou pobreza, autoritarismo e estagnação econômica”, afirmou Chapman.
O discurso se assemelha ao de Bolsonaro, que ao visitar a Casa Branca, em março, formalizou uma aliança com Trump baseada em parte no desprezo mútuo pela esquerda.
Antes de ser embaixador no Equador, Chapman foi subsecretário adjunto de Assuntos Políticos e Militares no Departamento de Estado, coordenador adjunto superior de Assuntos Econômicos da embaixada em Cabul (no Afeganistão) entre 2010 e 2011, e chefe de missão adjunta da embaixada americana em Maputo (em Moçambique) de 2007 a 2010.
De 2006 a 2007, foi assistente executivo do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, e de 2004 a 2006 conselheiro político, econômico e comercial da embaixada dos Estados Unidos em La Paz (na Bolívia).
Também trabalhou na Seção Econômica da embaixada em San José (na Costa Rica) de 2001 a 2004, e anteriormente ocupou postos na Nigéria e em Taiwan.