São Paulo — O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, insinuou nesta quinta-feira que a organização não-governamental de defesa do meio ambiente Greenpeace teria relação com o petróleo que tem chegado a praias da Região Nordeste desde o início de setembro, sem no entanto apresentar provas.
Tem umas coincidências na vida né… Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano… pic.twitter.com/ebCoOPhkXJ
— Ricardo Salles MMA (@rsallesmma) 24 de outubro de 2019
“Tem umas coincidências na vida né… Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano”, escreveu o ministro em sua conta no Twitter.
Após o Greenpeace fazer um protesto na quarta-feira, em que jogou óleo no Palácio do Planalto por causa do desastre ambiental nas praias nordestinas, Salles disse que não concederia uma audiência a representantes da ONG, pois não recebe “terroristas”.
Procurado pela Reuters, o Greenpeace não se manifestou imediatamente sobre a insinuação feita pelo ministro no Twitter.
Segundo dados do Ibama, 233 localidades já foram atingidas pelo óleo que começou a aparecer na região no início de setembro. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, já foram retiradas 900 toneladas de resíduos, o que inclui óleo e areia, das praias.
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite de quarta-feira, Salles disse que o presidente Jair Bolsonaro encaminhou pedido à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que a Venezuela se manifeste sobre o petróleo que tem sido encontrado em praias da Região Nordeste.