De olho no maior desastre ambiental do litoral do nosso país, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou uma série de recomendações para a população evitar danos à pele provenientes do óleo cru que está sujando as praias nordestinas. As orientações estão bastante voltadas para as pessoas que estão ajudando a limpar a orla, mas também consideram a população local e os turistas.
“A pele, quando acometida, apresenta […] dermatite de contato, sendo a forma irritativa a mais comum. O efeito piora se a pele permanecer exposta ao sol, podendo causar queimaduras”, afirmou a dermatologista Rosana Lazarini, assessora do Departamento de Alergia Dermatológica e Dermatoses Ocupacionais da SBD, em comunicado.
Além disso, o petróleo é composto por uma série de substâncias tóxicas capazes de disparar problemas hepáticos, renais e pulmonares. Até o humor e as funções cognitivas podem ser afetadas. São motivos adicionais para ficar de olho nas estratégias de proteção da SBD, que listamos abaixo:
Como se preparar antes de fazer a limpeza das praias
- Se houver a necessidade de contato com o óleo derramado, utilize equipamentos de proteção: óculos, luvas, roupas de manga comprida e calça (que cobrem membros superiores e inferiores).
- As luvas mais apropriadas são as de nitrila, e não as de borracha. Elas apresentam melhor proteção contra óleos, graxas e petróleo. Após o uso, lave-os quanto antes.
O que fazer se sua pele entrar em contato com o óleo
- Lave a região com muita água e sabão.
- A aplicação de óleos para bebês, geleia de vaselina ou até pastas utilizadas por metalúrgicos para remover graxa facilita a remoção
- Após a limpeza, aplique cremes ou loções hidratantes para melhorar as condições da pele
- Não tente retirar o óleo com solventes (aguarrás, thinner, óleo diesel, querosene ou gasolina). Esses produtos irritam ainda mais a pele, piorando a dermatite de contato.
O que turistas e moradores das regiões afetadas devem fazer
- Evitar o contato direto com o óleo. Isso vale especialmente para gestantes e crianças.
- Observar as orientações da vigilância sanitária para o consumo de alimentos provenientes das áreas afetadas, como peixes e mariscos.
- Não inalar vapores gerados pelo óleo.
- Usar protetor solar de amplo espectro, com FPS de no mínimo 30.
Quais os sintomas da exposição ao óleo
1. Irritação e dor de garganta, tosse, respiração mais difícil, coriza
2. Irritação e dor nos olhos, coceira e olhos vermelhos
3. Dor de cabeça
4. Vermelhidão da pele
5. Náusea
6. Tonturas
7. Fadiga
8. Surgimento de feridas
Ao sentir esses ou outros incômodos, busque ajuda médica imediatamente.