O desejo é a metade da vida; a indiferença a metade da morte!
Khalil Gibran
O maior pecado para com os nossos semelhantes, não é odiá-los, mas sim tratá-los com indiferença; é a essência da desumanidade.
George Bernard Shaw
O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.
Érico Veríssimo
– Poupem-me das notícias de morte!
– Não desejo saber das guerras violentas!
Narcotráfico? Assaltos? Homicídios?
Insegurança? Desesperança? Atentados?
Refugiados, ataques terroristas… Onde? Como?
Ação policial? Mataram um animal? Quem foi?
Vivo tranquilo, sossegado, feliz e “contente”…
Deixem-me em paz com a minha indiferença!
Ela dorme em segurança dentro de minha alma…
Desperta o meu egoísmo e, assim, me conforta…
Estou conformado com o terrível sofrimento
– Dos outros!
Ah! Eles estão morando nas ruas? Que pena!
– Contudo, são eles, não sou eu!
Sem ruídos, sem protestos, sem baixo astral!
Sigo vivendo e amando a (minha própria) vida!
Que se dane o mundo, a humanidade e o seu passado!
Dane-se o Brasil e todo o seu legado de desigualdades!
A brutalidade da indiferença que habita em mim
Protege-me suavemente da violência que me rodeia…
– Enfim, poupem-me das notícias de morte!
– Deixem-me dormir! Cantem minha canção de ninar:
Dorme, dorme, dorme! Sentimento de louca letargia!
Repousa mansamente, dentro do meu peito dormente,
Na mais serena, inconsequente e repugnante apatia…
Ao acordar, não quero viver e sim morrer (de alegria!).
– Antônio Artequelino