Vivemos numa sociedade pluralista, heterogênea e que se constitui pelas diferenças. Todavia, por mais paradoxal que pareça, nossa organização social busca sua sustentação na democracia representativa.
Mais do que representação, precisamos de efetiva participação, de maneira que estamos dando passos lentos, porém bastante seguros, rumo a uma verdadeira democracia participativa.
Nesse contexto, ao tempo em que cobramos uma postura ética de nossos governantes, devemos assumir o imperativo de priorizar a formação da índole ética na alma do nosso povo. A integridade ética e moral se evidencia pela indivisibilidade do caráter e da personalidade, seus sentimentos e sua especificidade humana.
A questão ética se manifesta de forma pragmática e medeia a relação que envolve a satisfação pessoal de cada pessoa e o bem comum da sociedade. Os princípios éticos nascem fundamentalmente do amor que, por sua vez, é constitutivo do ser humano. O axioma “faça o bem aos outros, assim como você quer e precisa que os outros lhe façam o bem” traduz a ética em sua essência prática.
Deveras, a ética obedece aos ditames da razão, do bom senso, da sensatez e da vontade que se deixa iluminar por princípios superiores: bons exemplos e valores de fé, de esperança e de amor. Tais princípios afloram também por meio dos hábitos sadios, por virtudes cultivadas, por exemplos de civilidade respeito à diversidade.
No âmbito familiar os mais velhos suscitam o amor e o respeito uns pelos outros. Os valores referenciais, baseados em fundamentos éticos e cristãos, são a cada dia desconsiderados por comportamentos baseados no hedonismo. Os valores perenes vão sendo ignorados ou mesmo combatidos.
Vamos aos exemplos comuns. Uma moça é ridicularizada se ‘a galera’ descobrir que ‘ainda’ se conserva íntegra, virgem. Imaginem se isso acontece com um rapaz, a chamada ‘turma’ age de forma implacável, ridicularizando-o de todas as formas. Outro exemplo? A honestidade de pessoas de índole honrada, que nunca precisaram desviar recursos públicos ou ainda, magistrados que jamais ‘venderam’ uma sentença no âmbito imparcial da justiça e do direito.
Na vida, o mal pode se reconfigurar na figura de um bem desejado, real ou aparente. Chamemos isso de tentação ou de provação. Quem não é tentado ou provado? Ao tentarmos alcançar uma finalidade útil não podemos utilizar os meios inconvenientes, inadequados ou ilícitos. Roubar para ficar rico; satisfazer os instintos sexuais servindo-se de uma pessoa que pode ser usada como um mero objeto de prazer; utilizar a máquina administrativa para se beneficiar indevidamente.
Sem provações e tentações não crescemos. A opção fundamental pelo bem, certamente nos guiará quando nos depararmos com as provações, com as quedas, com a fraqueza e com a malícia.
Entre os Mandamentos, estão vinculados o 7º, o 9º e o 10º. Não furtar, roubar, cobiçar, planejando e efetivando a posse do que não nos pertence, quer seja uma pessoa ou bens materiais. Não queiramos ser donos de ninguém. Concernente aos bens, entendamos que passam pelas nossas mãos, como administradores.
Devemos primar pelo estabelecimento de relações éticas e de comportamentos adequados, éticos e exemplares. Nesse sentido, a família deve voltar a desempenhar sua missão formativa. Pode ser que esteja faltando, a partir do nosso lar, a educação para o exercício do amor altruísta que valoriza a dignidade dos seres humanos.
Precisamos compreender que, a partir das nossas atitudes, a ética familiar se consolida e se vincula ao Evangelho vivido e pregado pelo divino Mestre Jesus Cristo.
Sebastião Téo
Jornalista- 11680/MTB
Publicitário- 878/MTB
Teólogo e Ministro de Culto
Coordenador das Relações com o Terceiro Setor, Trabalho, Entidades Sindicais e Categorias Profissionais do Governo do Distrito Federal- GDF
Presidente da Federação dos Empreendedores do Brasil- FENAE BRASIL
Presidente do Fórum Nacional de Gemas e Joias- FONAGEMAS
Presidente Nacional do PODEMOS TRABALHADOR