Você sabe o que é uma empresa de educação empreendedora? A educação empreendedora é um meio para despertar nas pessoas a construção de ideias inovadoras, o que auxilia na formação de cidadãos com pensamento crítico, autônomos e transformadores.
A educação empreendedora desenvolve habilidades essenciais para uma pessoa enfrentar os diversos desafios do século XXI. Entre essas habilidades estão: a criatividade; a capacidade de trabalhar em equipe, de forma não hierárquica e colaborativa; a autonomia para tomada de decisões, junto ao poder da análise de problemas reais e complexos, com o objetivo de encontrar soluções simples; a disposição para correr riscos e lidar com a imprevisibilidade do dia a dia etc.
A educação empreendedora existe para estimular o empreendedorismo nas pessoas, utilizando técnicas que articulam a prática do fazer e o conhecimento. O conceito está relacionado a uma ideia inovadora no mercado de ensino, que se propõe a estimular o desenvolvimento dessas habilidades comuns aos empreendedores. Empreender é um processo constante de aprendizagem, ou como preferimos, é o nosso lema de aprender fazendo.
A trilha (ainda não definida) da educação empreendedora
De acordo com um relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mediu as ações de educação empreendedora em fase escolar, o Brasil ocupa a 49ª posição em um ranking de 54 países. Agora, paremos para pensar no mundo corporativo.
Se na fase escolar já não é nos ensinado a ter esse tipo de pensamento, na maioria das vezes, existe uma probabilidade grande de que dentro do meio corporativo esse cenário se mantenha. Sendo assim, imagine o desafio de uma empresa de educação empreendedora para lidar com as pessoas que não foram ensinadas a pensar “fora da caixa”.
A maioria dos jovens não aprendem sobre empreendedorismo no período escolar ou até mesmo dentro das universidades. Até porque, na realidade brasileira, muitos jovens não têm nem acesso à educação básica, imagina falar sobre empreender? Todavia, ainda que estejamos atrás no ranking da GEM, o brasileiro costuma ser uma pessoa empreendedora.
Seja por necessidade ou por oportunidade, o Brasil encerrou o ano de 2020 com 19,7 milhões de empresas ativas, de acordo com o Ministério da Economia (ME).
A educação empreendedora é mais do que aprender como abrir uma empresa. Trata-se do desenvolvimento de uma cultura em que a pessoa tenha suas habilidades desenvolvidas, a fim de se sentir preparada para traçar e alcançar objetivos ao abrir um novo negócio. Ou até mesmo alcançar a vaga esperada dentro de uma organização.
Depois de todos esses dados e informações desafiadoras para as empresas que querem atuar com educação empreendedora, fica a reflexão: como contribuir para a mudança da mentalidade das pessoas em relação à educação empreendedora, sendo que temos um modelo tradicional enraizado dentro das instituições?
Uma meta mundial
As empresas também podem estimular a cultura da educação empreendedora internamente. Ou seja, investir na capacitação para que seus colaboradores sejam incentivados a criar e inovar, com o objetivo de trazer mais valor para a empresa. A importância de ser flexível, conviver com a diversidade, saber aceitar os seus próprios erros e aprender com eles, são algumas propostas.
Do mesmo modo, ser capaz de mudar de ideia, de ouvir e entender outras opiniões, etc., são outras habilidades a se desenvolver dentro do ambiente organizacional. Tudo tendo como base a educação empreendedora.
Grandes grupos estão fazendo importantes mudanças para se adaptar ao cenário de negócios deste século, momento em que novas startups roubam a cena de gigantes do mercado com cada vez mais frequência. Até mesmo empresas já consolidadas precisam lidar com novos desafios a toda hora. O problema é que o risco tende a ser visto como uma coisa negativa, no qual o erro é sempre “punido” com notas baixas.
Existem bons motivos para as empresas incluírem, mesmo que aos poucos, a educação empreendedora em suas rotinas. Por exemplo, tal meta faz parte do plano de ação global da ONU (Organização das Nações Unidas) para o desenvolvimento sustentável da Agenda 2030.
Nesse mesmo sentido, é importante trazer essa realidade empreendedora para o mundo dos negócios, deixando de ser um conceito distante. Quando uma empresa tem essa preocupação, ela cria atividades capazes de favorecer o desenvolvimento desse tipo de mentalidade.
No começo, muita coisa gera insegurança, mas quando aprendemos o que chamamos de soft skills, isso muda totalmente o nosso mindset perante à vida. “Aprendemos a aprender”, a errar e a corrigir a rota. Essa postura é importante, pois o ensino tradicional costuma trabalhar com parâmetros como certo e errado. Porém, com a educação empreendedora, existem muitas possibilidades além disso.
Qual é a missão de uma empresa de educação empreendedora?
Uma empresa de educação empreendedora contribui para a formação de pessoas. Pensar e agir de forma diferente, sem tantas limitações, é a principal missão (e desafio). Além disso, a necessidade de saber se comunicar com clareza e precisão é fundamental. Pois, quando isso não acontece, mesmo uma grande ideia pode se tornar um enorme fracasso.
A proatividade é mais uma habilidade incentivada o tempo todo. No empreendedorismo, é preciso agir, testar, validar, corrigir, voltar atrás, mudar de ideia, errar e acertar. Tudo isso demanda uma atitude mais provocativa por parte das pessoas, o que muitas vezes o ensino passivo não é capaz de fomentar.
Por fim, a empresa deve prezar pela capacidade de superação, o que costuma ser um dos maiores exemplos empreendedores. Os negócios dão certo e errado todos os dias. Portanto, saber lidar com as frustrações na vida é um aprendizado constante.
Fonte: Semente Negocios