O deputado federal Milton Vieira (Republicanos-SP) encaminhou Indicação formal ao Ministério da Saúde (INC nº 1422/21), sugerindo a incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) de um novo procedimento clínico na prevenção de saúde da mulher. Trata-se do teste de DNA-HPV para o rastreamento de lesões precursoras e cânceres de colo do útero.
De acordo com a justificativa do deputado, já se comprovou que esses testes têm mais sensibilidade que o exame citológico. “Artigos recentes indicam a superioridade da testagem populacional com o uso de teste de DNA-HPV. Ressaltamos que a própria Organização Mundial de Saúde recomendou o teste de DNA-HPV, quando há recursos suficientes”.
Destacou ainda que um estudo recente publicado em um respeitado periódico internacional, conduzido na cidade de Indaiatuba (SP), evidenciou que um programa organizado de rastreamento do câncer do colo do útero com teste de DNA-HPV demonstrou alta cobertura e um impacto imediato na detecção do câncer do colo do útero em um estágio inicial.
Segundo o documento, é por esta razão que testes populacionais para a detecção precoce são essenciais, uma vez que o tratamento de lesões precursoras e do câncer em estágios iniciais leva à cura em quase todos os casos.
Embora o SUS ofereça testes citológicos gratuitamente, as taxas de mortalidade pela doença ainda são elevadas, uma vez que o sistema é oportunístico, ou seja, a testagem segue a demanda espontânea das pessoas interessadas neste exame.
“Diante do exposto, com fundamento no disposto na Lei nº 11.664, de 2008, que determina que exames citopalógicos do colo uterino poderão ser complementados ou substituídos por outros quando o Ministério da Saúde assim o determinar, e buscando apoiar esta iniciativa, que pode salvar a vida de milhares de mulheres em nosso País, solicitamos a análise e possível inclusão do novo teste no rol de procedimentos preventivos de saúde da mulher, pelo Ministério da Saúde”, concluiu Milton Vieira.
No Brasil, o número de casos novos de câncer do colo do útero esperados para cada ano do triênio 2020-2022 é de 16.590. Neste período, essa doença, que é “prevenível”, deverá causar a morte de uma mulher a cada 90 minutos no país.
Fonte: Site Milton Vieira