Com menos de um ano para as eleições de 2022, potenciais pré-candidatos à presidência já iniciaram seus ataques a concorrentes em discursos e eventos públicos. Ciro Gomes não poupou críticas a nenhum candidato à presidência da república, muito menos ao atual mandatário do país, Jair Bolsonaro. “O problema no Brasil chama-se Bolsonaro, chama-se Paulo Guedes, essa gente que está desmontando aquilo que já era precário. Isso não é razoável, você caminhar por um processo eleitoral em que a disputa é uma memória afetiva de uma coisa que jamais existiu, que é um paraíso que o Lula simula que aconteceu, a tragédia do Bolsonaro sentado nesses extremismos ideológicos, e agora, um cidadão, que sendo juiz político, virou ministro do Bolsonaro, foi trabalhar para o estrangeiro, encheu o bolso de dólar e agora vem para o Brasil candidato”, opinou.
Bolsonaro, por sua vez, deu um recado direto a Lula e aproveitou para alfinetar Fernando Haddad, que perdeu para ele quando tentou ser presidente. “O Vagner, com todo respeito que eu tenho a ele, não estaria aqui nem estaria fazendo isso se o presidente fosse aquele que ficou em segundo lugar em 2018, que deixou um grande legado para a educação nossa, né, à frente do MEC por quase 10 anos. Queria esperar o quê? Qual o futuro do nosso país, na educação, no conhecimento, tendo esse tipo de pessoa à frente daquele ministério. Ser honesto não é uma virtude, é uma obrigação”, afirmou. Bolsonaro disse que o governo do PT loteou os ministérios e criticou a imprensa. “Nunca tivemos um grupo de ministros, secretários, no padrão que temos hoje. Alguns querem ainda a volta daqueles que lotearam o poder. Eu vi esses dias na imprensa maravilhosa que nós temos: ‘O Bolsonaro só aprovou 30% dos seus projetos. Lula e Dilma aprovavam 90%. É lógico, poxa”, disse.
O atual governador de São Paulo, João Doria, que é pré-candidato à presidência pelo PSDB, disse que a eleição no ano que vem vai ser a mais suja da história. O petista Lula, em um discurso na Argentina, chamou Jair Bolsonaro e Sergio Moro de “fascistas”. O ex-ministro de Bolsonaro também não ficou de fora das provocações e pediu ao Supremo Tribunal Federal que analise as críticas de Bolsonaro ao citar seu nome em discurso em Brasília. Provocando o ex-presidente Lula, o juíz também afirmou que a turma dele “não é do mensalão, não é do petrolão, muito menos da rachadinha”. Apesar das críticas explícitas, quase nenhum dos candidatos formalizou publicamente sua candidatura à presidência de 2022.
Fonte: Joven Pan