Beijos entre participantes do Big Brother Brasil (BBB22) vem ‘dando o que falar’ desde a noite de festa dessa quarta-feira. Até aí nada demais, inúmeras foram as vezes que os relacionamentos causaram repercussão nas 21 edições anteriores do programa. No entanto, o que gerou discussão dessa vez, além do jogo em si, foi a preocupação com a saúde, já que um dos envolvidos pode estar com herpes. E então? Como esse vírus afeta as pessoas?
Primeiramente, antes de falar de sintomas, transmissão e tratamento, vamos contar o que aconteceu. Eliezer e Natália se beijaram na noite dessa quarta-feira, no quarto Grunge da casa mais vigiada do Brasil. “Coragem dela, ele está com herpes”, alertou Vyni, que também estava no quarto, em tom de brincadeira. Natália riu, disse que o colega quebrou o clima e, segundos depois, retomou o romance.
Por sua vez, Maria, que já havia beijado Eliezer em outra ocasião, ‘entrou na dança’. Minutos depois, com o designer já preocupado pelos relacionamentos na casa, a atriz entra no quarto e é explicada da situação. “Não tem nada de errado ter acontecido. Fico mais preocupada pelo fato de você estar com herpes e ela não ter ligado pra isso. Qualquer outra coisa não tem problema nenhum, são duas pessoas solteiras”, definiu a sister.
“Após beijar Eliezer, que está com herpes, Natália está fumando com a Lina. O surto vem aí!”, comentou um telespectador no Twitter. Para completar, as festas na casa seguem rendendo. Depois de Natália procurar Maria para explicar a situação e ouvir que estava tudo bem, eis que surge Eliezer para abraçar as duas sisters. O designer então dá um beijo em uma, depois em outra e, por fim, os três selam a relação com um singelo beijo triplo. A direção do programa não confirmou oficialmente se o brother tem a doença.
“Se for confirmado que é herpes, a chance [de transmissão] é muito grande, mas não significa que ela vai desenvolver a doença. Provavelmente até passou mesmo, se for herpes e se ela ainda não tiver. A grande maioria dos adultos já tiveram contato com o vírus e, sendo dois adultos, muito provavelmente não foi a primeira vez que ela entrou em contato. É um vírus muitíssimo comum e é super comum termos algum contato, mas não é todo contato que significa manifestação de doença. Você pode ter o vírus presente, mas não desenvolver a doença”, comenta Karla Mendes, dermatologista do Hospital Semper.
Ainda que seja comum a transmissão do vírus na sociedade, a médica alerta para os cuidados quando da manifestação da doença, principalmente em casos de pessoas imunossuprimidas. “Paciente imunodeficiente com contato com o vírus pode chegar a quadros gravíssimos, tendo até meningite e encefalite e pode até ser letal”, explica.
Entenda a doença
A herpes labial é causada pelo vírus herpes simples do tipo 1 (HSV-1), enquanto o tipo 2 (HSV-2) é mais comum em quadros de herpes genital.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que pelo menos 70% da população mundial já teve contato com o vírus. Entretanto, nem todas as pessoas infectadas desenvolvem os sintomas aparentes da doença e podem passar anos com o vírus ‘adormecido’.
O contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas ele só é ‘reativado’ quando há o que os médicos chamam de “fatores desencadeantes”, como fadiga física e mental, estresse emocional, exposição à luz solar intensa e febre ou outras infecções que diminuam a resistência orgânica.
Ainda de acordo com informações da OMS, os sintomas da infecção por herpes do tipo 1 podem durar cerca de uma semana e variam entre vermelhidão nos lábios, coceira ou queimação nos lábios e o aparecimento de bolhas dolorosas e úlceras ao redor e até dentro da boca.
A transmissão do herpes ocorre geralmente por contato através de saliva, mucosas, pele ou sexo. O contato direto é a forma mais comum de se contaminar, ainda que também é preciso se preocupar com objetos contaminados como copos, talheres, batons e outros utensílios em geral, como toalhas, por exemplo.
Não existe cura para a infecção por herpes, mas há tratamento. A medicação usada são antivirais, para acelerar o ciclo natural do vírus. O Ministério da Saúde alerta que, quando há crise, o paciente não deve furar as vesículas (bolhas) e também deve evitar beijar e falar muito próximo de outras pessoas.
O órgão ainda ressalta a importância da higiene das mãos, principalmente após tocar as feridas, e o cuidado com a saúde, a alimentação e o sono.
Fonte: Estado de Minas