Integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) realizaram uma manifestação nesta manhã de sexta-feira (25/10), no Palácio do Buriti. Em protesto, seis pessoas do grupo se acorrentaram em frente as catracas da entrada do prédio. Seguranças do edifício quebraram as correntes dos manifestantes e os expulsaram do local.
Um dos manifestantes, o antropologo Gabriel Soares, 28 anos, explica que ação é um “ato simbólico para cobrar a gratuidade das passagens e pedir um transporte público de qualidade”.
Além de Brasília, Natal, São Luís, São Paulo, Brasília e Joinville (SC) devem protestar no fim da tarde de hoje para pedir a tarifa zero universal e melhoria no transporte. Na capitla federal, o protesto também levará pautas locais para a rua. “Também estamos reivindicando o transporte público 24 horas e a participação da população na gestão do sistema”, diz o cinegrafista Clede Pereira, 20 anos. A concentração para a manifestação começa às 17h, na Rodoviária do Plano Piloto.
Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os brasileiros dos grandes municípios levam, em média, quase 41 minutos para chegar ao trabalho. O mesmo levantamento aponta que, quanto mais humilde a parcela da população, mais aumenta o drama. Entre as pessoas com renda per capita de meio a um salário mínimo, 17% passam pelo menos uma hora no deslocamento casa–trabalho.
A luta pela revogação do aumento nas passagens de ônibus, em São Paulo e em outras cidades, foi o estopim das manifestações de junho. Na noite dessa quinta-feira (24/10), o MPL realizou protestos em Florianópolis, São José dos Campos (SP), Vitória e em Campo Limpo, na grande São Paulo.