Morreu, nesta sexta-feira (22/4), a menina atropelada por um carro alegórico na saída do Sambódromo do Rio de Janeiro, a Sapucaí.
Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, subiu no carro abre-alas da escola de samba Em Cima da Hora durante desfile na quarta-feira (20), e teve suas pernas prensadas contra um poste quando o veículo passou por um trecho estreito. Ela chegou a perder a perna direita durante cirurgia na madrugada de quinta (21).
Raquel estava internada em estado gravíssimo no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro. Durante a cirurgia, que durou mais de seis horas, ela sofreu uma para cardiorrespiratória. A menina sofreu também um traumatismo no tórax e respirada com a ajuda de aparelhos.
A Justiça do Rio de Janeiro determinou, após o acidente, que as escolas de samba façam a escolta dos carros alegóricos até os barracões, e o pedido do Ministério Público do estado foi acolhido por decisão do juiz Sandro Pitthan Espíndola, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso.
Segundo a mãe de Raquel, Marcela Portelinha, ela não recebeu nenhuma ajuda da liga de escolas de samba ou da Em Cima da Hora. Grávida, ela chegou a desmaiar ao visitar a filha no hospital na tarde de quinta-feira, e precisou ser carregada por um enfermeiro para dentro do hospital.
O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou, após o primeiro dia de desfiles da Série Ouro – a segunda divisão do carnaval carioca – que o desfile violou normas de segurança para o evento, inclusive as voltadas para a segurança de crianças e adolescentes durante a concentração e a dispersão dos carros alegóricos.
Em nota, as ligas das escolas de samba do Rio de Janeiro disseram estar abaladas e que se solidarizam com a família da menina. Sobre a afirmação do Ministério Público, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio afirmou que ainda é preciso aguardar a apuração dos fatos, e que solicita todos os anos o apoio dos órgãos de segurança pública.
Fonte: Correio Braziliense