A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (25) uma das donas da escola infantil Colmeia Mágica, em São Paulo, investigada após denúncias de pais e funcionárias de maus-tratos e tortura contra crianças. Fernanda Carolina Rossi Serme Serme, de 37 anos, foi detida em uma casa em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
A prisão preventiva de Fernanda Serme foi registrada da Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes. A mulher passará por audiência de custódia e, em seguida, será encaminhada à Cadeia Pública de Itaquaquecetuba. A irmã dela e diretora da escola, Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos, está foragida. Em nota, a defesa da escola alegou inocência das duas e disse que as acusações foram “forjadas”.
A auxiliar de limpeza, Solange da Silva Hernandez, de 55 anos, também foi indiciada. As três mulheres vão responder pelos crimes de maus-tratos, tortura, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento contra crianças. Solange é a única que responde ao processo em liberdade.
Em 22 de março, o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de Roberta Serme. O mandado de prisão de Roberta, contudo, expirou em 22 de abril, um mês depois. Desde então, ela segue foragida.
Prefeitura de São Paulo também abriu investigação contra a escola
O advogado Rafael Moreira, que defende as irmãs, disse que não falará sobre a prisão. A Polícia Civil ainda aguarda o resultados de laudos periciais para concluir o inquérito policial e encaminhá-lo ao Ministério Público.
A investigação teve início quando vídeos circularam nas redes sociais com alunos da escola imobilizados e presos em cadeirinhas. O crime seria um castigo para as crianças que choravam muito.
O flagrante gerou protesto dos pais em frente à escolinha, que fica na zona leste da capital paulista. Atualmente a unidade de ensino está pichada com mensagens pedindo por justiça.
Além da Polícia Civil, a Prefeitura de São Paulo também abriu apuração contra a escola, por meio da Diretoria Regional de Educação da área. Os registros oficiais indicam que a unidade funcionou por cerca de 16 anos sem a permissão da gestão municipal.
Fonte: R7