O ex-administrador de Águas Claras,Distrito Federal, Carlos Sidney de Oliveira, preso nesta quinta-feira (7) em operação da polícia e do Ministério Público recebeu, neste sábado (9) alta do hospital, passou por uma cela especial do 19º Batalhão da PM em, São Sebastião, e seguiu para casa. Oliveira é suspeito de participar de um suposto esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás para empreendimentos imobiliários no DF.
De acordo com o delegado Fábio de Souza, Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), o ex-administrador de Águas Claras conseguiu na Justiça o direito de cumprir a prisão temporária em casa. A informação é confirmada pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jooziel de Melo Freire.
O ex-administrador de Águas Claras foi internado no Hospital de Base de Brasília, na noite desta sexta-feira, com hipertensão e estava em observação, escoltado pela polícia.
Carlos Alberto Jales, ex-administrador de Taguatinga, contra quem também foi expedido mandado de prisão temporária, está com policiais civis em um hospital particular de Taguatinga Sul. Ele foi internado na madrugada de sexta; o hospital não passa informações sobre o estado de saúde dele.
As prisões temporárias vão durar cinco dias. O Ministério Público pode pedir a prorrogação.
Os dois ex-administradores são suspeitos de participar de um suposto esquema ilegal de liberação de alvarás para grandes construtoras.
O ex-administrador de Taguatinga mora em um prédio de luxo, na quadra 107 de Águas Claras. Este ano, ele teve uma disputa judicial contra o condomínio, porque o síndico impediu uma reforma no apartamento.
Alegou que a obra trazia perigo à estrutura do edifício e alterava a fachada, mas a Justiça liberou a reforma. O advogado de Jales no processo foi Laurindo Modesto Pereira, que também era funcionário dele na administração.
Ele foi uma das pessoas chamadas a prestar depoimento na quinta-feira, como testemunha, quando a operação foi deflagrada e foi exonerado do cargo na administração no mesmo dia, pelo GDF.
Os advogados de Carlos Jales e Carlos Sidney não foram localizados até a publicação desta reportagem. Laurindo Modesto informou que o cargo dele na administração de Taguatinga não o impedia de advogar em outras ações.