Jill Biden tem feito história desde que seu marido Joe Biden assumiu a presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2021 simplesmente por continuar com seu trabalho como professora, uma decisão inédita para manter a vida normal além da Casa Branca.
Cruzando agilmente a fronteira da Eslováquia até a cidade de Uzhhorod no domingo, Jill Biden, de 70 anos, voltou a surpreender como a visitante americana de mais alto perfil na Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.
Enquanto os políticos chegam ao país para falar de armas, financiamentos ou logística, Jill Biden imprimiu sua marca pessoal: uma visita no Dia das Mães, no qual abraçou a esposa do presidente Volodimir Zelensky, Olena Zelenska, escondida por medida de segurança.
Zelenska, que antes da guerra trabalhava com temas como educação e igualdade de gênero escreveu previamente à americana sobre seus temores pelo impacto emocional do conflito nos ucranianos, disse um porta-voz de Biden ao The New York Times.
“Pensei que seria importante mostrar aos ucranianos que esta guerra tem que parar”, disse Jill Biden, “e que o povo dos Estados Unidos está com o povo da Ucrânia”, afirmou Jill Biden.
A imagem diária da primeira-dama americana, é, no entanto, comedida e profissional.
A julgar pela biografia “Jill”, publicada esta semana, a atitude discreta da primeira-dama reflete uma aversão aos círculos políticos que data de décadas atrás.
“Muito pesado”, descreveu ela em um trecho do livro de Julie Pace e Darlene Supervielle, jornalistas da Associated Press, sobre o dia em que acompanhou pela primeira vez a rotina de seu esposo durante a campanha de reeleição para o Senado.
“Não me importo”
Já sua antecessora, Melania Trump, se apresentava na maioria das vezes como uma primeira-dama cheia de estilo, porém distante e até mesmo fria.
Ela chegou aos Estados Unidos como uma modelo eslovena, antes de conhecer o magnata Donald Trump e décadas mais tarde chegar à Casa Branca.
Pode-se dizer que seu momento de maior destaque foi em uma viagem ao México em 2018, quando seu marido havia determinado aos agentes de fronteira que separassem as crianças de seus pais em uma tentativa de conter a imigração ilegal.
No entanto, os holofotes não se voltaram às crianças ou a qualquer indício de que Melania poderia estar em desacordo com a política do marido, amplamente criticada.
O tema de destaque foi o casaco que decidiu vestir, com grandes letras que diziam “I don’t really care, do u?” (Eu não me importo e você?). A estranha mensagem foi justificada meses mais tarde como um recado aos críticos da imprensa, sem relação com as famílias separadas.
Fonte: Correio Braziliense