A autoridade palestina afirmou neste sábado (14) que saúda o apoio internacional a inquérito sobre a morte de uma jornalista da Al Jazeera, enquanto Israel disse que investigará uma erupção de violência em seu funeral.
A polícia de Israel atacou uma multidão de palestinos em luto carregando o caixão da repórter veterana Shireen Abu Akleh pela Cidade Velha de Jerusalém na última sexta-feira (13), atraindo condenação internacional.
A violência aumentou a revolta palestina pelo assassinato de Abu Akleh, que ameaçou alimentar as tensões que estão piorando desde março.
O ministro da Segurança Internacional de Israel, Omer Barlev, disse que ele e o comissário de polícia montaram um painel para realizar uma “ampla investigação sobre o que aconteceu durante o funeral, para tirar lições do evento”. As descobertas serão apresentadas nos próximos dias.
Em Ramallah, na Cisjordânia, o presidente palestino Mahmoud Abbas renovou as acusações de que Israel estava por trás do assassinato da jornalista.
“Israel não será parceiro em nenhuma investigação relacionada ao assassinato do jornalista Shireen Abu Akleh por causa de sua responsabilidade pelo crime”, disse ele no sábado.
O Conselho de Segurança da ONU condenou veementemente o assassinato e pediu uma “investigação imediata, completa, transparente, justa e imparcial”.
Hussein al Sheikh, oficial sênior da autoridade palestina, disse no Twitter que a autoridade receberia de braços abertos a participação de órgãos internacionais no inquérito, embora tenha rejeitado uma proposta de Israel, que lamentou a morte de Abu Akleh, para cooperar com a investigação.
What happened in her funeral yesterday by the #occupation forces reinforces our position that rejects #Israel's participation in this investigation.
— حسين الشيخ Hussein AlSheikh (@HusseinSheikhpl) May 14, 2022
Fonte: CNN