A Coreia do Norte registrou neste sábado (21) mais de 200 mil novos pacientes com febre pelo quinto dia consecutivo, enquanto o país luta contra seu primeiro surto confirmado de coronavírus.
A onda de Covid-19, declarada na semana passada, alimentou preocupações com a falta de vacinas, infraestrutura médica inadequada e uma potencial crise alimentar no país de 25 milhões de habitantes, que recusou ajuda externa e manteve suas fronteiras fechadas.
Pelo menos 219.030 pessoas apresentaram sintomas de febre na noite de sexta-feira (20), elevando o número total de casos para 2.460.640, informou a agência de notícias oficial KCNA, citando dados da sede estadual de prevenção de epidemias de emergência. O número total de mortos aumentou para 66.
A KCNA não disse quantas pessoas testaram positivo para o vírus.
Em outro relatório, a KCNA disse que o líder norte-coreano Kim Jong Un realizou uma reunião do poderoso politburo do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que governa o país, no início do sábado para verificar a situação da Covid-19 e as respostas dadas nos nove dias desde o surgimento do surto.
Kim elogiou o “progresso positivo” na campanha antivírus, mas pediu ajustes e otimização consistentes da política para “agarrar a chance de vencer a batalha contra a epidemia”.
A KCNA não detalhou onde Kim viu progresso, mas a mídia estatal elogiou “bons resultados” na luta contra a Covid-19 no país, citando agricultura e produção sustentadas em setores industriais e importantes projetos de construção.
Sem campanha nacional de vacinação e capacidade limitada de testes, os dados diários divulgados pela mídia estatal possivelmente são subnotificados, e pode ser difícil avaliar a escala da onda de Covid-19, disseram especialistas.
A agência de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) alertou sobre consequências “devastadoras” para os 25 milhões de habitantes da Coreia do Norte, enquanto a Organização Mundial da Saúde disse que a disseminação descontrolada pode levar ao surgimento de novas variantes mais mortais.
Fonte: CNN