O pagamento do saque extraordinário de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), iniciado em abril, com a liberação pelo governo federal, chega ao fim nesta quarta-feira (15).
Essa é a data do pagamento da última parcela, programada para 3,6 milhões de trabalhadores nascidos em dezembro.
Cada trabalhador poderá realizar um saque de até R$ 1 mil, caso tenha esse saldo disponível no fundo, em alguma conta ativa (de emprego atual) ou inativa (anterior). Só poderá ser feito um saque, independentemente do número de contas ou do saldo de cada titular.
O valor referente ao FGTS é depositado pela Caixa Econômica Federal em uma conta digital aberta pelo próprio branco. Por meio do aplicativo Caixa Tem, é possível realizar atividades como verificação do saldo e pagamento de débitos.
O saque extraordinário foi liberado pelo governo como parte de uma estratégia que pretende dinamizar a economia brasileira. No entanto, para Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), outras ferramentas tem sido mais eficazes para este fim.
“O impacto que a gente percebeu agora é muito mais decorrente do Auxílio Brasil do que dos saques extraordinários do FGTS, porque o programa do fundo teve início em abril”, aponta o economista.
O presidente da Associação Brasileira do Varejo (ABV), Luiz Gustavo Santos e Silva destaca, no entanto, que o impacto econômico da medida é relevante.
“Como estamos vivendo uma realidade pós-pandêmica, na qual muitos ficaram sem renda ou tiveram uma redução significativa dela, a consequência foi a diminuição do poder de compra. A liberação dos saques influencia justamente nesse aspecto. Em outras palavras, fará com que a economia volte a girar, aliviando o impacto negativo que tivemos nesses dois últimos anos”, avalia.
Sobre o segmento, o presidente da ABV aponta que medidas como essas, em outros momentos, já apresentaram resultados semelhantes aos agora esperados pelo setor.
“Historicamente, já houve outros saques liberados do FGTS que impactaram positivamente o comércio. Sendo assim, a tendência é que isso aqueça as vendas novamente, principalmente no que diz respeito aos bens de consumo essenciais”, conclui Santos e Silva.
Fonte: CNN