Elon Musk, CEO da Tesla, anunciou nesta terça-feira (21) que irá demitir 10% dos funcionários da empresa nos próximos três meses. O motivo, segundo o bilionário, é a alta probabilidade de recessão nos Estados Unidos.
A confirmação aconteceu durante o Fórum Econômico do Catar, organizado pela Bloomberg. No início do mês um e-mail do bilionário foi divulgado pela Reuters, onde ele citava a intenção de dispensar 10% dos funcionários e exigia a paralisação imediata das contratações de todas as fábricas da Tesla ao redor do mundo.
Segundo Musk, os cortes serão aplicados somente aos profissionais assalariados, que correspondem cerca de 3,5% do número total de funcionários. A empresa deverá aumentar ainda o número de trabalhadores por hora em relação aos com salário fixo, como enfatizou o CEO.
Elon está sendo processado também por esquema de pirâmide com criptomoeda (Fonte: Angela Weiss / AFP / G1 / Reprodução)Fonte: G1
O “sentimento ruim” em relação ao mercado, citado por Musk no e-mail, sucede quedas nas bolsas de valores e no mercado tecnológico, acompanhados da alta da inflação. Dessa maneira, é possível que cenário financeiro internacional enfrente certa volatilidade nos próximos meses.
Polêmicas com funcionários
Ex-funcionários da Tesla processaram a empresa por “demissões em massa”, violando a lei federal, visto que houve aviso prévio. O processo foi aberto no último domingo (19), por dois ex-funcionários demitidos em junho em Sparks, Nevado, nos Estados Unidos, com outros 500 funcionários.
Elon Musk ainda foi criticado por funcionários da SpaceX na última semana. Em uma carta aberta, os profissionais disseram que o bilionário como rosto da empresa trazia “distração e constrangimento” e que cada tweet publicado pelo CEO era “fatalmente uma declaração pública da empresa”.
Após a publicação da carta, foram demitidos pelo menos cinco funcionários que participaram da declaração. Segundo a empresa, a justificativa das demissões foi que carta fez com que os outros trabalhadores se sentissem “desconfortáveis, intimidados, ameaçados e/ou irritados porque a carta os pressionou a assinar algo que não refletia suas opiniões”.
Por G1 / TecMundo