No entanto, afirmar que ele é mesmo o favorito, se olharmos o andamento do atual campeonato, não será possível. O Palmeiras tem apenas três pontos a mais que o Corinthians, um saldo de gols bem superior, mas nada impede que, em duas rodadas, as posições estejam invertidas.
E mais: que campeonato acirrado o deste ano, em que vemos nove equipes entre 19 a 17 pontos. No alto, três somam 24; e mais uma esquisitice: o Fortaleza, que está nas oitavas-de-final da Copa Libertadores, é o último colocado, já tendo vencido o Flamengo no Maracanã.
Aliás, o Rubro-Negro carioca é um exemplo dessa gangorra no Brasileirão. O time já perdeu seis jogos (quando Jorge Jesus era o técnico foram quatro em toda a temporada), mas quando vence uma chega a pular sete posições na tabela. Com campanha irregular, basta perder um jogo para se ver ameaçado pelo Z4. E no momento está ali, no meio da tabela, a três pontos do Fluminense, que abre o G6.
Fazer uma estimativa do que vai acontecer para o fim do campeonato é missão impossível. E não faltam motivos para isso neste ano de Copa do Mundo em novembro. Nesta semana e na próxima teremos jogos pelas Copas Libertadores e Sul-Americana, envolvendo 11 equipes, mais da metade das que disputam a Série A. Em julho, os jogos da volta da Copa do Brasil, com a participação de outros três times, além de outros dez que estão nas copas continentais. Nesses dois torneios, muito dinheiro em jogo, o que faz com que haja uma prioridade para eles, em detrimento do Brasileirão em algumas rodadas.
Além disso, a janela de transferência para a Europa vai abrir, permitindo a chegada de jogadores e, pior, a saída de outros. De que forma isso vai afetar, para o bem e o mal, o desempenho de cada um? Como vão se comportar as equipes eliminadas de alguma (ou das) Copa(s)?
Pensou nisso tudo? E aí, continua achando que o Palmeiras é favorito? Eu também acho, ainda. Até porque a qualidade do futebol que temos visto está bem abaixo da dos últimos anos. Mas eu não arriscaria dinheiro nesse palpite.
Fonte: Agência Brasil