Foto: Agência Brasil
Protocolado no fim de julho, o PCR Monkeypox é destinado para utilização em laboratório, enquanto o teste de antígeno, submetido à análise nesta semana, oferece testagem rápida profissional. Ambos produtos não são destinados para autotestagem
Sempre em busca de trazer as últimas novidades do mercado de produtos hospitalares e farmacêuticos para o Brasil, a empresa brasiliense CPMH Produtos Hospitalares submeteu dois testes de varíola dos macacos (ou monkeypox) à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos últimos dias. Os pedidos estão em análise técnica na agência.
O primeiro teste, protocolado no dia 30 de julho e com pedido formalizado no último dia 2, é do tipo PCR-Monkeypox, fabricado pela BioGerm e destinado para testagem em laboratório. Já o segundo, um teste de antígeno, fabricado pela Bioscience, oferece uma testagem rápida feita por profissionais de saúde. Este foi protocolado na terça-feira (09/08) e teve o pedido oficializado nesta quarta-feira (10/08). Vale destacar que os dois produtos são de uso profissional, ou seja, não são destinados à autotestagem, e não serão comercializados diretamente para os pacientes.
Até o momento, não existe um teste específico para detecção da doença no Brasil. Os grandes laboratórios utilizam metodologia própria para chegar à conclusão do diagnóstico. O teste antígeno apresentado pela CPMH, já utilizado na Europa, é capaz de detectar o vírus da monkeypox por meio da proteína A29L, com a coleta feita diretamente na lesão com auxílio de um swab (cotonete).
Após aprovação, a previsão da CPMH para a importação inicial é de 2 milhões de unidades do teste PCR e 3 milhões de unidades do teste antígeno. Todo o processo para reunir a documentação necessária para comprovar a segurança e eficácia dos produtos à Anvisa levou cerca de 30 dias.
A varíola dos macacos (ou monkeypox), uma doença endêmica no continente africano, começou a se espalhar nos últimos meses após um surto na Europa e, depois, seguiu para o resto do mundo. “Para evitar que o vírus circule, precisamos ter ferramentas de diagnóstico. Hoje, não existem ainda testes disponíveis no mercado brasileiro”, explica Rander Avelar, responsável técnico da CPMH.
Por Jornal de Brasília