SÃO PAULO, SP, 8 de dezembro (Folhapress) – Laudo médico pedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para avaliar a saúde do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) afirma que ele não precisa ficar em prisão domiciliar. A informação foi divulgada hoje pela Globo News.
Segundo a emissora, os resultados da perícia informam que não foi encontrada “qualquer evidência” do câncer do qual ele se tratou após a retirada de um tumor no pâncreas em 2012.
Jefferson passou por perícia médica na última quarta-feira na sede do Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Rio de Janeiro. O ex-deputado passou por avaliação clínica e deixou exames particulares e históricos cirúrgicos com a equipe médica.
Cabe ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, a partir do laudo, determinar se Jefferson deve ficar preso em regime semiaberto ou se pode cumprir sua pena em casa. Na última sexta-feira, o ministro pediu à Procuradoria-Geral da República que avaliasse o laudo de Jefferson antes de proferir sua decisão.
Roberto Jefferson foi condenado no processo do mensalão a sete anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele era presidente do PTB quando delatou o esquema de compra de parlamentares em 2005.
Exame
“Do ponto de vista oncológico, esta junta não identifica como imprescindível, para o tratamento do sr. Roberto Jefferson Monteiro Francisco, que o mesmo permaneça em sua residência ou internado em unidade hospitalar”, diz o laudo citado pela Globo News. Assinam os médicos Carlos José Coelho de Andrade, Rafael Oliveira Albagli e Cristiano Guedes Duque, todos do Inca.
Em novembro, o ex-deputado José Genoino (PT-SP), também condenado pelo mensalão, também recebeu laudo médico que afirmou que sua prisão domiciliar não era imprescindível.
Depois de passar mal no presídio da Papuda, em Brasília, onde cumpria sua pena de 6 anos e 11 meses em regime semiaberto, Genoino foi avaliado por uma junta de médicos da UnB (Universidade de Brasília). Genoino aguarda decisão do ministro do STF Joaquim Barbosa sobre seu regime prisional.
O advogado de Jefferson, Marcos Pinheiro de Lemos, disse à Folha de S.Paulo não ter informações a respeito do resultado do laudo sobre seu cliente. A reportagem não conseguiu falar com algum representante do Inca.