Seul – A Coreia do Norte confirmou nesta segunda-feira (9/12) a destituição do influente Jang Song-Tahek, tio do dirigente do país, Kim Jong-Un, acusado de cometer “atos criminosos” e de liderar uma “facção contrarrevolucionária”, informou a agência oficial KCNA. O poderoso parente do jovem “número um”, Kim Jong-Un, foi destituído de todos os cargos e títulos, após uma reunião do gabinete político do Comitê Central do Partido Comunista norte-coreano.
A informação sobre a saída da “eminência parda” do regime norte-coreano havia sido revelada no dia 3 de dezembro pelo serviço de inteligência sul-coreano. Kim Jong-Un chegou ao poder há dois anos, em dezembro de 2011, após a morte do pai. Kim Jong-Il também havia sucedido o pai, Kim Il-Sung, falecido em 1994 e fundador da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) em 1948.
O Partido dos Trabalhadores confirmou no domingo ter “destituído Jang e purgado seu clã”, segundo a KCNA. Em um comunicado com tom de advertência, o regime afirma que Jang havia formado um grupo sedicioso dentro do partido e havia nomeado homens leais a postos estratégicos com o objetivo de cumprir suas ambições políticas.
Jang mantinha “relações inapropriadas” com as mulheres e se viu “afetado pelo modo de vida capitalista”, afirma o comunicado. “Ideologicamente enfermo, extremamente ocioso e despreocupado, consumia drogas e gastava divisas estrangeiras em cassinos”, destaca a nota da KCNA. Jang ocupava o cargo de vice-presidente da Comissão de Defesa Nacional, o órgão de decisão mais poderoso do país.
Jang Song-Thaek foi durante décadas uma das personalidades fundamentais do regime comunista, governado por três gerações de Kim desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Ele ganhou destaque pelo respaldo que ofereceu ao sobrinho quando este dava os primeiros passos como dirigente do país. Ele foi durante décadas uma das personalidades fundamentais do regime comunista, governado por três gerações de Kim desde o fim da Segunda Guerra Mundial.