O verão e as férias escolares são um período muito esperado pelas crianças, mas sem dúvida é uma época propícia para algumas doenças, pois coincidem com a temporada de piscinas, clubes e praias. Uma das principais queixas dos pequenos durantes esse período são as dores de ouvido. A entrada de água nos ouvidos pode causar otite, uma inflamação do ouvido.
De acordo com a otorrinolaringologista Clarice Loures, da clínica Otorrino DF, o tempo excessivo na piscina ou no mar pode causar otite externa. “A otite externa acontece quando a pele que reveste o conduto auditivo fica inflamada e infectada. Os principais sintomas são dor, coceira, saída de secreção com mau odor, dificuldade para escutar, vermelhidão e descamação do ouvido”, explica.
Ainda segundo a médica, a exposição excessiva à água é capaz de remover a cera, que é uma proteção natural do corpo, e até mesmo promover perda da integridade da pele do ouvido. Além disso, a umidade prolongada associada ao calor corporal favorece o crescimento de fungos e bactérias nos ouvidos. Vale ressaltar que identificar a otite externa em crianças menores pode ser um pouco mais difícil. “Os pais devem ficar atentos a maior irritabilidade, choro recorrente, dificuldade para escutar, saída de secreção, mau cheiro e manipulação excessiva das orelhas.
Abaixo a otorrinolaringologista lista quatro medidas para se evitar a doença
1- Sempre secar bem os ouvidos após o banho e mergulhos com uma toalha limpa
2- O uso do jato de ar morno ou frio do secador de cabelo ou ainda de algumas gotas de álcool 70 nos ouvidos úmidos, também são opções
3- Em caso de piscina o uso de tampões de ouvidos também pode ajudar
4- Evitar o uso de cotonetes ou manipulação dos ouvidos com outros objetos
A médica Clarice Loures, da clínica Otorrino DF reforça que antes de uma viagem é recomendado que os pais procurem um otorrinolaringologista para saber o que pode ser feito para evitar as otites principalmente para aquelas crianças com histórico da doença recorrentes ou aquelas que acumulam muita cera nos ouvidos e que fazem lavagens regulares.
Jornal de Brasília