Ocorrerá amanhã (17) uma manifestação na Esplanada dos Ministérios contra a obrigatoriedade dos simuladores de direção. Integrantes do movimento Autoescolas do Brasil pretendem entregar uma carta à presidente Dilma Rousseff, à Casa Civil e ao deputado federal Henrique Alves (PMDB-RN) com as reivindicações.
A Resolução nº 444/2013, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que torna obrigatório o simulador de direção em todos os Centros de Formação de Condutores (CFCs), a partir do dia 1º de janeiro, é o principal alvo de críticas dos manifestantes.
De acordo com o líder do movimento, o deputado federal Marcelo Almeida (PMDB-PR), há três principais críticas à resolução. “Não há estudos provando que o simulador vá reduzir o número de mortes em acidentes de trânsito. Em segundo lugar, com o simulador as habilitações passarão a custar R$ 1,5 mil. Por fim, porque os proprietários das CFCs geralmente são pequenos empresários que teriam gastos altíssimos com a implementação e manutenção de um equipamento como esse”.
Segundo informações do movimento, o custo do simulador é de, aproximadamente, R$ 40 mil, e o valor para manutenção mensal gira em torno de R$ 1,5 mil. Será necessária, além disso, sala com medida total mínima de 15 m² para acomodação e funcionamento do aparelho.
O presidente da Federação Nacional das Autoescolas e Centro de Formação de Condutores (Feneauto), Magnelson Carlos de Souza, considera que a manifestação seja inapropriada. “Somos contra o movimento, já que estamos tendo bom diálogo com as autoridades”, ele argumenta.
De acordo com Souza, foi feito um acordo entre a Feneauto e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para que os simuladores sejam implantados em janeiro apenas nos estados considerados preparados e, ao final do mês, haverá uma avaliação dos resultados para saber como funcionará no restante do país.
A equipe do Alô Brasília entrevistou dez autoescolas do Distrito Federal e constatou que, dentre elas, nenhuma havia comprado o equipamento.