Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) planejam exumar os restos mortais de Dom Pedro II (1825-1891), e de sua filha, a Princesa Isabel, para investigar detalhes até agora desconhecidos sobre a família real brasileira.
“É um projeto da Faculdade de Medicina da USP. Temos a intenção de exumar os restos, mas o trabalho está ainda sobre o papel, vamos dar um passo de cada vez”, declarou a pesquisadora Valdirene do Carmo, responsável também pela exumação de Dom Pedro I, feita há menos de dois anos.
Assim, antes de desenterrar os restos mortais D. Pedro II, que governou o Brasil entre 1831 e 1889, quando a monarquia foi abolida, a equipe necessita da autorização dos herdeiros da família real, da Igreja Católica, já que os restos mortais estão na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e de autoridades do estado.
De acordo com a agência de notícias EFE, caso obtenham as permissões, os restos mortais serão transferidos para São Paulo para passar por análises.
“Já fizemos o trabalho com os primeiros imperadores e esta é uma nova geração, por isso, seria interessante fazer análises, embora não saibamos que informações serão extraídas”, explicou Valdirene, que adiantou que os resultados “dependerão do estado de preservação dos corpos”, mas que “por sorte não há umidade na Catedral’.