um grupo se reuniu na manhã deste sábado (8/2), em Taguatinga, para um ato contra o alto índice de crimes. Eles ergueram uma casa de estrutura metálica na Praça do Relógio a fim de retratar que, até no próprio domicílio, as pessoas estão a mercê da violência. O protesto contou com a presença de Ana Cleide, mãe de Leonardo Almeida, que foi brutalmente assassinado em uma tentativa de assalto na última semana, em Águas Claras.
A casa foi montada com vários aparatos de segurança. Grades, câmeras e cercas mostravam os cuidados que algumas famílias tomam para se sentirem mais seguras. “Hoje, as pessoas estão presas em suas casas, com grandes mecanismos de segurança. O que não adianta, porque as famílias ficam isoladas e os bandidos soltos praticando crimes. Estamos confinados ao presídio da família brasileira”, explicou o organizador do ato, o líder comunitário Charles Guerreiro, 45 anos.
“Sei que isso não trará meu Leonardo de volta, porém vai resultar num movimento social para que outras mães não venham a perder também seus filhos”, declarou Ana Cleide. Ela, que participou de outros movimentos contra a violência durante semana, quis estar presente para pedir um basta à violência na capital.
O objetivo de grupo é permanecer 24 horas no local. Estrategicamente, a casa foi erguida ao lado posto da Polícia Militar na Praça do Relógio. Apesar dos manifestantes estarem do lado de um posto da policia, um crime aconteceu perto dali e o protesto foi interrompido por falta de segurança.