A Câmara Legislativa do Distrito Federal informou nesta terça-feira (18) que parte dos deputados anunciou em plenário que vai obstruir votações de matérias do governo até que sejam atendidas as reivindicações salariais de policiais militares e dos bombeiros.
A categoria, que chegou a ficar três meses em operação tartaruga, negou pela manhã a proposta de reajuste salarial de 22% oferecida por Agnelo Queiroz. Os militares decidiram que entregaria até 5 de março uma contraproposta ao GDF. À tarde, porém, assembleia convocada pela Associação de Oficiais da Polícia Militar (Asof), aprovou o reajuste.
De acordo com a Câmara, a iniciativa de tentar obstruir as votações de interesse do governo partiu do deputado Aylton Gomes (PR) e foi seguida pelo corregedor, Patrício (PT), e pelas bancadas do PDT e do PMDB, que têm respectivamente dois e três parlamentares.
Em plenário, Gomes sugeriu que Agnelo promova mais de 800 soldados que estão prontos para virarem cabos. Já Patrício, que chegou a bater boca com o secretário Sandro Avelar em uma sessão sobre segurança, afirmou que a proposta do governador é uma “injustiça” e beneficia mais os oficiais. Militar, o corregedor também afirmou que os quarteis estão mobilizados e que há chance de uma nova operação tartaruga.
Em nota oficial, o GDF informou que se reuniu com os comandos da PM e dos bombeiros e que decidiu manter a proposta inicial. “Esta é a melhor proposta apresentada nos últimos 12 anos para reestruturar a remuneração dos militares”, diz a nota.