O presidente Jair Bolsonaro disse a uma plateia de cerca de 40 acionistas e presidentes de grupos empresariais que o Executivo tem a sua margem de ação limitada pelo Congresso e citou a Medida Provisória dos balanços, editada por ele em agosto do ano passado e derrubada pela Câmara em novembro.
Bolsonaro falava sobre a dificuldade de o governo evitar invasões de grandes propriedades pelo Movimento dos Sem Terra (MST) quando mencionou como exemplo a perda de eficácia da MP dos balanços derrubada pela Câmara.
Em um dos momentos da reunião, que durou duas horas e também contou com almoço, o presidente do Conselho de Administração da Duratex S/A, Saulo Seibel, resolveu manifestar seu apoio ao governo. Disse ao presidente que estava confiante na política econômica conduzida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e afirmou acreditar que “o Brasil vai mudar com o senhor”.
Já o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, ofereceu ao governo estrutura para a formatação de uma plataforma digital destinada ao ensino infantil e à educação na internet.
Durante o encontro falou-se de forma genérica sobre possíveis parcerias da iniciativa privada com o governo para encontrar soluções em áreas estratégicas como infraestrutura e meio ambiente. O ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, também estava na reunião.
O clima do encontro foi de entusiasmo do empresariado, que além de assediar o presidente, também dispensou boa parte da atenção ao ministro da Economia Paulo Guedes.