Não, não é o fim de fato, mas como a vimos hoje. De facto, o director-executivo da Google, Eric Schmidt, não se referiu ao desaparecimento da Internet como um todo, mas antes ao desaparecimento da Internet como a percepcionamos actualmente. A afirmação foi feita num painel no Fórum Económico Mundial em resposta à questão “Qual o futuro da Internet?”, à qual o empresário respondeu que a Internet desaparecerá, isto é, passará a estar tão entranhada e naturalizada na realidade que deixaremos de sentir a sua presença.
Schmidt refere que “vai haver tantos endereços IP… tantos dispositivos, sensores, coisas que se usam, coisas com que estamos a interagir, que nem sequer nos apercebemos”, pelo que crê num futuro não só promissor como cativante, afirmando que “emerge assim um mundo muitíssimo personalizado, muitíssimo interactivo e muito, muito interessante”.
O empresário discursava no painel ‘O Futuro da Economia Digital’ e contava também com a presença de Sheryl Sandberg, chefe operacional do Facebook. Este painel fez parte do Fórum Económico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, que decorreu durante os dias 21 e 24 de Janeiro de 2015. O Fórum Económico Mundial reúne os mais importantes políticos e líderes empresariais para a discussão sobre questões urgentes e globais, nomeadamente economia, saúde, meio ambiente e sociedade.
Esta ideia de interactividade abordada por Schmidt é frequentemente conhecida como a “Internet das Coisas”. A “Internet das Coisas” consiste na criação de um sistema global que depende do avanço e da inovação técnica de áreas como os sensores wireless e a nanotecnologia, já que os aparelhos e dispositivos que utilizamos quotidianamente passarão a interagir connosco, desde que estejam ligados a grandes bases de dados e à internet através de um eficaz processo de identificação.
O empresário mencionou, do mesmo modo, que tem algumas dúvidas em relação ao futuro das aplicações de telemóveis, afirmando que é incerto e que ninguém o consegue antever.