A bênção dos grandes líderes da política brasiliense deve definir os integrantes da corrida pela Presidência da Casa; candidato oficial, o governista Joe Valle pode angariar apoio de distritais da oposição
A uma semana da eleição da Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o quadro de concorrentes à Presidência continua incerto. A conquista do cargo demandará costuras pela obtenção de comissões permanentes e o veredito de importantes figuras do cenário político brasiliense, como o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), o presidente regional do PMDB, Tadeu Filippelli, e o líder regional do PDT, Georges Michel.
A disputa pelo cargo, que começava a tomar forma com o lançamento oficial d candidatura de Joe Valle (PDT) e o interesse de Agaciel Maia (PR), que possivelmente contará com a bênção do chefe do Executivo local, sofreu uma reviravolta na noite da última terça-feira. Um encontro no Cota Mil Iate Clube apontou para a possibilidade de uma aliança entre o distrital do PDT e Wellington Luiz (PMDB), candidato da oposição. Por meio da união, os parlamentares e os líderes dos respectivos partidos definiriam o nome do grupo para o comando do Legislativo local.
A articulação em torno da aliança é impulsionada pelos principais oposicionistas ao Palácio do Buriti, Celina Leão (PPS) e Raimundo Ribeiro (PPS), além do próprio Joe Valle, integrante da base governista. Caso a estratégia vingue, o grupo prevê o alinhamento de 14 dos 24 deputados distritais que compõem a Casa, o que significaria a derrota de Rodrigo Rollemberg. A definição acerca do tema pode ocorrer ainda nesta semana, durante um almoço, marcado para a próxima sexta-feira. “Estamos estabelecendo o diálogo. Há muita coisa em jogo. Nosso interesse é encontrar um consenso. Quanto menos divisão houver, melhor”, analisou Wellington Luiz.