Ontem, a aluna de uma faculdade localizada em Taguatinga sofreu um assalto assim que deixou o local
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Outros casos haviam sido registrados dentro e fora da UCB. Ontem, a estudante de publicidade e propaganda foi abordada por dois homens, por volta das 11h40, no momento em que deixava a universidade. Ela passava pela saída que fica próxima à Biblioteca Central rumo à parada de ônibus. A jovem, de 19 anos, entregou o celular, mas, mesmo assim, acabou atingida por uma facada na mão. Eles fugiram por dentro do câmpus em direção à saída que dá acesso ao Areal. O crime aconteceu no momento em que alunos e integrantes da Reitoria discutiam medidas para aumentar a segurança no câmpus.
Para evitar novos casos de violência na UCB, os estudantes preveem uma manifestação para a próxima quarta-feira, em frente à universidade, no Pistão Sul. O ato será dividido em dois momentos: às 11h e às 19h, horários de troca de turno das aulas. Eles também abriram uma petição on-line, que, até o momento, conta com 470 assinaturas. Para o aluno de publicidade e propaganda Thales Marques, 22, que organizou o manifesto na internet, são necessárias mais rondas, uma vez que o acesso ao espaço é livre para a comunidade. “À noite, a universidade fica vazia e, raramente, passa algum vigilante de moto. Nós não temos nenhum problema com a entrada da população na UCB. Só queremos que a universidade aumente a segurança”, afirma.
A estudante de gestão pública Ana Carolina Araújo, 21, também sofreu uma tentativa de assalto dentro da UCB. “Estava na companhia do meu namorado, e dois assaltantes de bicicleta vieram nos abordar. Havia várias pessoas no local na hora, que gritaram. Com isso, os assaltantes acabaram fugindo”, conta.
A UCB informou, em nota, que dispõe de sistema integrado de segurança, compreendendo câmeras e agentes patrimoniais. Sobre a entrada de não estudantes na instituição, a UCB declarou que, por ser uma universidade, tem o dever de ser um espaço aberto à comunidade. Até o fechamento desta edição, não se manifestou sobre o assalto de ontem.
Manchas criminais
A sensação de insegurança continua nos arredores de outras instituições de ensino superior do DF. Próximo ao Centro Universitário de Brasília (UniCeub), na 707/907 Norte, estudantes relatam o medo no trajeto da parada de ônibus até o câmpus. A aluna de direito Cleofanny Silva, 22, passou a ir de carro após presenciar um assalto na 507 Norte. “Estava aguardando o ônibus, quando um rapaz sacou uma arma na frente de todos. As pessoas saíram correndo, mas a vítima ficou encurralada. Ela teve os objetos levados e ainda tomou uma coronhada na cabeça”, lembrou.
Por meio da assessoria de Comunicação, o UniCeub informou que entra em contato com PM em casos de crimes nas imediações. “A instituição comunica as autoridades policiais todos os incidentes que acontecem no entorno do câmpus e também orienta os alunos que procurem a delegacia.”
Na 613/614 Sul, em frente ao Centro Universitário Iesb, a estudante de engenharia civil Brunnet Sousa, 22, toma cuidado ao sair da faculdade. “Procuro andar em grupo. Falta iluminação, principalmente no estacionamento da frente”, aponta. A assessoria do Iesb explicou que considera importante a segurança nos estacionamentos externos; por esse motivo, busca diálogo com as autoridades com encontros mensais.
A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social informou que mapeia os pontos críticos por meio das ocorrências. “A partir dos registros, são elaboradas, mensalmente, as manchas criminais, nas quais são indicados os dias, os horários e os locais de maior incidência dos crimes. Sobre a UCB, o órgão declarou que a responsabilidade pela segurança dentro do câmpus é do próprio estabelecimento educacional.
Fonte: Correio Braziliense