Semana Nacional de Combate ao Aedes começou neste domingo. Em 2018, o Distrito Federal registrou 3,2 mil casos suspeitos da doença.
A Vigilância Ambiental do Distrito Federal deu início, neste domingo (25), às ações de fiscalização, prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. As atividades fazem parte da Semana Nacional de Combate ao Aedes aegypti.
Na programação, o GDF prevê ações educativas em todas as regiões, com a realização de mutirões de limpeza em espaços públicos, incluindo órgãos do governo, escolas e unidades de saúde.
Ao todo, devem ser mobilizados cerca de 1,5 mil agentes de saúde e de meio ambiente, e mais 400 bombeiros, que também vão auxiliar em ações nas ruas da capital. Os militares vão atuar nas regiões do Lago Norte, Varjão, Vila Planalto e Granja do Torto.
- Escola do DF e Agência Espacial Brasileira desenvolvem tecnologia de combate ao Aedes aegypti
Vigilante de prevenção de endemias faz vistoria contra a dengue em casa no Gama, no Distrito federal
Além disso, estão previstas ações para o recolhimento de entulhos e outros lixos em residências. O objetivo é acabar com possíveis focos do mosquito.
Nas escolas públicas, a mobilização prevê apresentações culturais, palestras e cursos rápidos para formação de guardas-mirins. Os pequenos vão ajudar a espalhar informações sobre formas de evitar a doença transmitida pelo Aedes.
Dengue no DF
O último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde aponta que foram registrados 3.275 casos prováveis de dengue no DF desde o começo do ano. Desse total, 3.074 são de moradores de Brasília. Os dados foram divulgados em 14 de novembro.
A maioria se concentrou na faixa entre 20 e 49 anos, o equivalente a 49% das ocorrências. Neste ano, segundo o informativo da Saúde, o DF teve 3 casos graves e 1 morte.
Em comparação com ano passado, houve uma redução de 49% nos números da doença. No mesmo período de 2017, eram 6.419 infectados.
Equipe de combate ao mosquito Aedes aegypti em ação no DF
A diretora de Vigilância Epidemiológica, Maria Beatriz Ruy, atribui os resultados ao trabalho preventivo feito desde 2017, com foco em 2019 – quando é esperada, pelo aspecto temporário, uma possível epidemia.
“O vírus da dengue tem um comportamento que a cada três anos pode vir a provocar uma epidemia”, afirma. “Já tínhamos essa preocupação desde 2017 e, por isso, programamos os trabalhos para esperar a sazonalidade.”
Aedes
Tanto a dengue, quanta o zika e a febre chikungunya são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da febre amarela e do mayaro.
Considerada uma das espécies mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o mosquito – que tem nome significando “odioso do Egito” – é combatido no país desde o início do século passado.
Aedes aegypti fêmea é a transmissora da febre amarela, dengue, zika e chikungunya no Brasil
No Brasil, ele chegou a ser erradicado duas vezes no século passado. Na década de 1950, o epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz comandou uma campanha intensa contra ele no combate à febre amarela. Em 1958, a Organização Mundial da Saúde declarou o país livre do Aedes aegypti. Fonte: Portal G1