O software educacional Expressar é o mais novo produto desenvolvido no departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília (UnB). A ferramenta de apoio pedagógico trabalha expressões faciais em estudantes autistas clássicos, categoria com maior nível de comprometimento e que requer trabalho educacional específico.
A tecnologia é resultado do trabalho de conclusão do curso de licenciatura em Computação dos estudantes Diego André Santos e Wellington Sousa. O download é gratuito e está disponível apenas para tablets com sistema computacional Android.
O Expressar apresenta fisionomias de sorriso, choro, raiva e medo. São utilizados vídeos de atores e fotografias reais, contemplando uma diversidade de rostos de pessoas de várias idades e etnias. O objetivo é que o usuário autista possa reconhecer tais expressões nos ambientes que frequenta.
“Quando o autista vê alguém sorrindo, pode identificar que é um momento de prazer e satisfação e, inclusive, imitar a pessoa. De alguma forma, esse processo pode incluí-lo na sociedade, porque a criança ou o jovem compreende as expressões e tem suas primeiras interações”, explica Mara Rúbia Martins, professora da rede pública de ensino do Distrito Federal e especialista em autismo, que testou o programa.